falemos do tempo que faz...
Já que o dito-cujo irreparabile fugit e antes que me lance aqui num dos meus proverbiais devaneios que vão daqui aos 30 mil caracteres em duas horas e meia e quando dou por mim já é hora de almoço e os afazeres ficaram por cumprir, falemos então de coisas mais comezinhas, aquilo a que se costuma chamar de conversa de circunstância. Pois que falar do tempo tem até muito que se diga, ao contrário do que debita habitualmente o enfadonho senso-comum.
Lembram-me pois o calendário e o google que hoje é 22 de setembro, data em que principia a poética estação do ano pintada de dourado e escarlate
(escarlete, como dizia um brilhante chefe de redacção que tive em tempos mas lá estou eu a deixar-me desviar, rachtaparta a miúda que não há meio de se cingir aos factos, assim não te safas e os inúmeros e incontáveis vão-se embora, tu escreve o que eu te digo, depois não digas que não te avisei!!!).
As imagens que se encontram no já referido motor de busca são algo repetidas, pecam por ser bem mais bonitas em tamanho reduzido do que depois de devolvidas às dimensões originais, mas mesmo assim não resisto a surripar algumas para decorar o tasco. Já os sites meteos, weathers e afins, andam a prever chuva há três dias mas ainda ontem a vossa calamitosa apanhava cadelinhas numa praia próxima de Lisboa, enfiada dentro de água até ao pescoço... De tanto bombar, o sol rompia o denso nevoeiro e a temperatura do mar competia com paragens próximas do equador.
No pequeno quintal das traseiras, o jasmim que irrompe vindo da propriedade ao lado e que trepa parede do prédio acima como se disso dependesse a própria continuação da vida na Terra parece não se importar com datas marcadas. Já andava a ameaçar há dias e entre sábado e hoje confirmou as minhas suspeitas: floresce. Assim como o astro rei eclode entre as nuvens que, diga-se, apenas lá estão porque alguém lhes disse que todos os meteorologistas do burgo e arredores a haviam previsto. Ali a três metros, no quintal, esqueceram-se de regular os ponteiros e é primavera. No rádio, apesar das águas várias que a animadora de serviço apregoa repetidamente, a música pensa de outra forma. Diz que é verão e quem sou eu para a contradizer? Pois se até os meus poros concordam...
PS: E eis senão quando a própria animadora portadora do molhado oráculo meteorológico muda o discurso: anuncia para breve um remake daquela mítica e incontornavelmente ensolarada série das nossas infâncias/adolescências (excepção para aquelas criaturas inclassificáveis que nasceram nos anos 80), chamada... 'Verão Azul'! Comé, inúmeros e incontáveis? Eu não dizia???
Qual outono, qual quê?
8 comentários:
Completamente inclassificáveis!
(a frase entre aspas lá no iceberg é da Luzinha, who else?)
kiss
Anda tudo confuso, as plantas e as almas. E ontem desde o sol até à chuva intensa e trovoadas, houve de tudo por aqui. Um dia só é um exemplo das quatro estações. Os vírus gostam muito desta confusão. E as pobres uvas, coitadas, mirram. (estou bonita para reflexões, estou). Hoje de manhã a gaja da Comercial disse que ia cair graniTO. E choveram emails na caixa dela, claro.
Pois aqui começa a Primavera, com tempo chuvoso e as flores agradecem o frescor. Vou plantar amores-perfeitos para ver se vingam.
bjs
Muito boa essa do granito, Estrelita. Muito boa mesmo.
Enfim, tb ouvi falar em toda a sorte de intempéries, mas grássadeus, nem bê-lias...
Querida Calamitosa, mas tu achas que os inúmeros e incontáveis iam embora por dá cá aquela palha? PoramordeDeus!
Olha, mulher, e aqui o Outono já chegou. Fresquinho e chuvoso. Cheiroso e colorido. O que eu gosto do Outono!
Beijaça.
P.S. Aquele "Adeus" foi absolutamente pensado. Para um recomeço, que veio com a nova estação. Ora, espreita e comenta: www.nopaisdasmacieiras.wordpress.com
Estou aqui a assobiar o Verano junto com o Piranha. (Fu Fiu Fu Fiu Fu Fiu... Ouves?)
Rachparta a miúda mesmo!!!!!! Anda a baralhar-nos com as estações. lol lol lol
Beijinhos que eu estou radiosa e em férias!!!! Pelo menos uma vez na vida troquei as voltas à Ministra e ela é obrigada a dar-me férias em Setembro/Outubro. Bem-feita!!!!!
E como eu gostava do Verão Azul... aquels poros a borbulhar de aborrescência, o fervilhar de ideias loucas, livres.
Eu estava à espera de um Verão tórrido... já nada espero em especial deste Outono. Diz-se que assim, nada esperando, se ama melhor...
Não rima, mas apeteceu-me escrever, olha.
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