9/10/2009

Jogos da vida real

Há uns anos, quando andava no curso de Formação de Formadores, aprendi um jogo pedagógico que mais tarde vim a repetir várias vezes, tanto como dinamizadora como no lugar de formanda noutros cursos. Não sei como se chama mas consiste em colocar uma série de etiquetas nas testas dos formandos. Toda a gente pode ler o que lá está escrito menos o próprio. E as mensagens nas etiquetas indicam ao resto do grupo qual o comportamento a adoptar com aquela pessoa em particular. Dizem coisas como "riam-se de mim", "admirem-me", "ignorem-me", "fujam de mim", "acarinhem-me", etc, etc. A regra é, claro, não revelar ao portador da mensagem o seu teor - até porque no jogo não se pode falar - mas este deve adivinhar o que traz escrito na testa através do comportamento dos outros perante ele. Nem sempre é tão fácil como parece, embora seja - no jogo, claro - hilariante.
Ultimamente tenho dado comigo a pensar demasiadas vezes o que dirá a minha etiqueta. E a sensação não tem nada de hilariante.

9/07/2009

Da natureza, da memória e do entendimento das coisas

O cheiro a terra molhada desperta no peito memórias de tempos em que ainda nem tinha nascido,
sonhos antigos, ecos remotos, longínquos, lendas de povos já desaparecidos...
Os sentidos sabem muito mais do que nós

Hoje a minha pele entendeu o que a mente quer dizer quando afirma que tudo se transforma.
E só quando o corpo compreende é que o ciclo se fecha.