3/28/2008

Apesar de você

Dedicado a quem servir a carapuça

atentem na letra, é de 1970...

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal

(do lindíssimo Chico)

3/20/2008

Anónimos, abutres e quejandos ou 'Eles andem aí'

Não estou a fugir ao desenvolvimento abaixo prometido. Fá-lo-ei o quanto antes. Mas como entretanto fui brindada com o gentil comentário que se segue, não consegui evitar partilhá-lo convosco e simultaneamente responder ao 'ajustado' anónimo que se deu ao trabalho de o escrever, tendo o cuidado de o deixar 4 ou 5 postas abaixo da actual, provavelmente de forma a não ser confrontado com os inúmeros e incontáveis e apenas me atingir a mim.
Caro anónimo: o facto de V/ Exª não me achar piada nenhuma em nada me afecta tendo em conta que V/ Exª não passa disso mesmo: um anónimo. A mim preocupar-me-ia o facto de alguém a quem eu achasse piada não me achasse a mim piada. Para mais, desde já lhe vou adiantando que dispenso os seus conselhos e que a sua opinião sobre os meus pensamentos e escritos é recíproca. Um grande bem-haja para si também e espero que consiga um espaço onde lhe dêem atenção e no qual consiga descarregar as suas frustrações. Que tal um blog?

anónimo disse
"não te acho piada nenhuma. Mas como há gostos para tudo, aproveita que a vida são dois dias e quando mal geridos...menos são. Mas isso é lá contigo. Aquilo que tu pensas e escreves não passam de balelas e derrotas. Faz uma instropecção à tua vida REAL e deixa-te dessa treta da vida VIRTUAL que não te leva a lado nenhum. Desajustada é o que me pareces. "
fim de (ex)citação


Agora outro assunto, bem mais importante, e que merece toda a nossa atenção e preocupação: No próprio dia do pai, a minha amiga Estrelinha e o seu marido, pai dos meus sobrinhos virtuais e simultaneamente bem reais (percebe, ó anónimo?! É possível ser os dois ao mesmo tempo, a não a ser quando se é um desses abutres de que precisamente fala a minha amiga Estrelinha que eu nunca vi mas que amo de paixão, coisa que um anónimo invejoso não pode compreender), foram privados de um direito consagrado por lei. Inúmeros e Incontáveis: mais uma vez o meu apelo é 'Bora lá fazer a puta da revolução...

3/18/2008

Serendipity

"The laws of chance, strange as it seems
Take us exactly where we most likely need to be"
David Byrne

Que é quem diz: por mais voltas que se dêem, o que tem de ser tem muita força.

ou ainda: a verdade, tal como o azeite, vem sempre ao de cima.

Óspois venho desenvolver mais um cadinho, ok?
Tenho cá uma tendência para as pescadinhas de rabo na boca... é para ver se aprendo a dar atenção àquilo a que tenho de dar. E mai nada.

3/12/2008

Continuem lá a ir-me ao... BIP!, que eu gosto!!!

Andava há dias à espera que me caísse na conta a boa da transferência bancária que lá para o dia 5,6,7,8,9,10 de cada mês as mui apreciadas entidades-patronais-que-não-o-são me fazem o favor de atribuir como remuneração pelo trabalho precário que diariamente executo para elas sem direito a segurança social, férias pagas ou outros direitos adquiridos pelos nossos antepassados nos dias da pré-história em que foi estabelecido o moribundo (leia-se morto, enterrado e já em avançado estado de decomposição) Wellfare State.
E não havia meio de o bendito guito aparecer na dita conta através da qual sou regular e subtilmente destituída dos meus bens a fim de ajudar a enriquecer essas bondosas empresas que generosamente fizeram a gentileza de emprestar uma boa maquia para que eu pudesse usufruir de um direito garantido (?) por Constituição (lembram-se? "A Paz, o Pão, Habitação...") -maquia essa que, diga-se by the way, quando terminar de pagar, se ainda por cá andar, terei desembolsado cerca de 3 vezes e meia relativamente ao valor por eles altruistamente adiantado.

Por outro lado, andava eu a fazer contas e continhas, iludida como estava de que iria poder dar-me ao luxo de comprar um computador deste século, já que o decrépito portátil com que desenrasco alguns biscates urgentes está a processar à velocidade de um caracol alentejano em dia de folga com 40 graus à sombra, e isto uma vez que os meses de novembro, dezembro e janeiro tinham sido algo mais profícuos do que o habitual, fruto de jornadas de 14 horas, 6 dias por semana e consequentes trombas dos meus dois filhotes...
Pois bem, hoje fui ao multibanco e as boas das transferências efectivamente já haviam caído - ambas as duas! uma fortuna! - desde 2ªfeira. E perguntam-me vocês, inúmeros e incontáveis, por que motivo não me tinha eu dado conta de que o rico dinheirinho já havia todinho sido transferido para a dita continha? Porquê? Ora, tão somente porque entre 2ª feira e hoje tinham sido cobrados dois misteriosos pagamentos de, respectivamente 403€16 e 279€13

(!!*#/"^/!*}»!!!)

Fui ver. Diz que o primeiro foi a EDP e o segundo o gás. Ainda não deitei a mão à respectivas facturas, mas tendo em conta que pago a módica soma de 150€ de luz de dois em dois meses e que recentemente paguei mais de 250 à GDL porque essas criaturas tiveram o desplante de não cobrar aos clientes desde maio do ano passado, pergunto eu aos senhores que detêm as ditas-cujas empresas: serei eu dona de um hotel e não me avisaram???

Ainda em estado de choque depois de ter ficado a par do rombozito de apenas 692 aérios e mais uns trocos, recebo um telefonema de casa. Chegou uma carta da PSP. "Ora então, abre lá, assim como assim, o que é que pode vir aí que me atinja depois desta??!!"
Nada. Absolutamente nada. Só uma multa de 250€ + 30 por ter sido apanhada em Alcântara a 4 de setembro sem a inspecção que era para ter sido feita em Agosto e sem os documentos (papel verde do seguro) do carro, que era a first reason para não ter feito a inspecção dentro do prazo, uma vez que estava a aguardar o envio de uma 2ª via da companhia de seguros e o centro de inspecções não fazia a dita sem todos os papéis. O querido Estado Português deve estar a pensar partilhar o fruto da coima com a seguradora que em boa hora fez a gentileza de os avisar que eu andava sem inspecção e papel verde. Penso eu de que.

Por isto tudo, inúmeros e incontáveis, venho por este meio convidá-los a, vocês também, me irem ao dito-cujo. É que está visto que eu gosto. Só se esqueceram foi de me informar

3/07/2008

Meo

Será que é desta que me reconcilio com a PT comunicações?