9/07/2009

Da natureza, da memória e do entendimento das coisas

O cheiro a terra molhada desperta no peito memórias de tempos em que ainda nem tinha nascido,
sonhos antigos, ecos remotos, longínquos, lendas de povos já desaparecidos...
Os sentidos sabem muito mais do que nós

Hoje a minha pele entendeu o que a mente quer dizer quando afirma que tudo se transforma.
E só quando o corpo compreende é que o ciclo se fecha.

5 comentários:

CybeRider disse...

Ó CJ, que maneira mailinda de nos lembrares do instinto. Há muito de biológico em nós, mas a razão tende a obscurecer esses aspectos que deviam prevalecer. Há muito tempo que não sonho com feras que me perseguem, e fico a pensar que o meu instinto de sobrevivência está camuflado nesta paz artificial e podre. E sinto-me às vezes tão distante dessa terra que tem esse cheiro a mãe, cheia de recordações e saber, e muito para contar a quem a saiba ouvir...

Etienne disse...

Não gosto de ver um ciclo fechar-se. Prefiro ver uma outra tranformação... uma elipse, talvez?.. :-)

Habitua o teu corpo a ser teimoso: recusar-se a compreender.

Ou abre os cordões á bolsa e coloca-o numa Universidade.. arquitectura é giro. Fazem elipses lindas.

calamity jane disse...

Cy, acredita que não era nisso que estava a pensar quando escrevi a posta. Mas de facto, sabemos muito mais do que aquilo de que temos consciência.

Bem vindo senhor Terzo. E a Due? Foi na elipse?
Arquitectura infelizmente não é curso para mim. Sou muito teórica, agarrada às palavras e pouco dada a traços. Assim sendo, prefiro apreciar - e como! - as elipses dos outros :-)

Luz de Estrelas disse...

Gostei da evocação da Grande Mãe, da nossa memória natural e genética; do comentário pioneiro ao teu texto, da sugestão do Escarlate e a tua resposta. Olha, gostei. As elipses dos outros. eheheheh.

Etienne disse...

A Due está, não de elipse, mas de eclipse... e se ler este comentário quem terá que se eclipsar sou eu. ;-)