Eh pá, isto dos blogs tem mesmo muito que se diga! É que uma pessoa mete-se nisto e é como meter-se na droga: a malta já não consegue passar sem esta merda todos os dias, a malta ressaca, a malta quer mais, a malta aumenta as doses e esta cena deixa de bater, a malta já não faz mais nada, a malta deixa de trabalhar, de estudar, de comer, p'a estar aqui nesta cena, meu! (a ler com voz de "pintas", pf).
É que francamente, eu devia estar a trabalhar, tenho um monte de coisas pra fazer e estou aqui a blogar há não sei quanto tempo! Não existe um antagonista dos blogs? Tipo, a gente toma o antagonista e durante 24 horas ficamos impossibilitados de aceder? Não sei como é convosco, ó, inúmeros e incontáveis, mas eu já começo a sentir-me seriamente e irremediavelmente blogada. O sintoma que me alertou para esta preocupante situação - e por favor, alguém me diga se isto é normal, se já passaram pelo mesmo, ou se deverei procurar um psi o quanto antes - é dar por mim a blogar só com uma mão e segurar no bebé com a outra! Isto está a ficar grave!
3/29/2006
3/28/2006
3/24/2006
Alguém me explica
Alguém me explica porque é que se recomenda a amamentação exclusiva até aos seis meses de idade e a licença das mães só dura até aos quatro?
Alguém me explica porque é que todos os pediatras indicam a vacina contra a meningite meningogócica mas esta não está incluída no plano nacional de vacinação e custa mais de setenta euros?
Alguém me explica porque é que estão consagrados direitos da maternidade e da paternidade que até vêm descritos no buletim das grávidas e não são cumpridos?
Alguém me explica a quem são destinados esses direitos e quem beneficia deles?
Alguém me explica porque é que se recomenda aos pais que acompanhem as mães a consultas, ecografias e trabalho de parto e depois o acesso é-lhes vedado além de as empresas boicotarem sistematicamente a possibilidade de os homens assumirem o seu papel de pais antes e depois do nascimento dos seus filhos?
Alguém me explica porque é que as pessoas trabalham a recibos verdes cumprindo horários e obedecendo a chefias e não podem ficar doentes nem ir de férias e ainda são obrigadas a descontar para a segurança social?
Alguém me explica porque é que professoras estúpidas e retrógradas dão castigos ultrapassados às crianças e passam um ano inteiro a aterrorizá-las sem motivo algum apenas para descarregarem a sua frustração? E já agora porque é que têm emprego enquanto outras(os), muito mais competentes, andam a penar há anos? E já agora porque é que jornalistas incompetentes.....etc.....etc....etc....
Alguém me explica porque é que todos os pediatras indicam a vacina contra a meningite meningogócica mas esta não está incluída no plano nacional de vacinação e custa mais de setenta euros?
Alguém me explica porque é que estão consagrados direitos da maternidade e da paternidade que até vêm descritos no buletim das grávidas e não são cumpridos?
Alguém me explica a quem são destinados esses direitos e quem beneficia deles?
Alguém me explica porque é que se recomenda aos pais que acompanhem as mães a consultas, ecografias e trabalho de parto e depois o acesso é-lhes vedado além de as empresas boicotarem sistematicamente a possibilidade de os homens assumirem o seu papel de pais antes e depois do nascimento dos seus filhos?
Alguém me explica porque é que as pessoas trabalham a recibos verdes cumprindo horários e obedecendo a chefias e não podem ficar doentes nem ir de férias e ainda são obrigadas a descontar para a segurança social?
Alguém me explica porque é que professoras estúpidas e retrógradas dão castigos ultrapassados às crianças e passam um ano inteiro a aterrorizá-las sem motivo algum apenas para descarregarem a sua frustração? E já agora porque é que têm emprego enquanto outras(os), muito mais competentes, andam a penar há anos? E já agora porque é que jornalistas incompetentes.....etc.....etc....etc....
3/21/2006
Portugal Burning - a saga continua
Os diários de distribuição gratuita têm destas coisas. Se, por um lado, publicam textos - e não só - de qualidade duvidosa - mas afinal, qual o jornal, ou órgão de comunicação que não o faz, nos tristes dias jornalísticos que vivemos? -, por outro, têm de facto a vantagem de ser lidos por muita, muita gente. Até mesmo por gente decente, quanto mais não seja porque vão a caminho do trabalho ou porque estão numa sala de espera ou a levar uma seca qualquer e é a única leitura à mão.
E não é que houve mais pessoas a indignar-se com a tal desastrosa missiva do tal descolorado Ricardo de Cascais! E que responderam ao indivíduo, de uma forma provavelmente até mais pedagógica do que a minha, que não seria decerto publicada se a tivesse enviado ao referido diário (destak). Senti-me algo aliviada. Não por haver gente que se indigna com indivíduos que se atrevem a exprimir tais atrocidades em praça pública, mas por se darem ao trabalho de responder. É que eu, sinceramente, já perdi a pachorra e deixei de responder ou sequer discutir. E como eu, muitos, provavelmente. Mas, pelos vistos, pode não estar tudo perdido...
Aproveito para apelar àqueles e àquelas que, imbuídos de um verdadeiro espírito de sacrifício, responderam ao descolorado indivíduo para que expliquem também a um velho conhecido meu que não há povos com Q.I. menores ou maiores que outros. É que o rapaz, que viajou recentemente até à Tailândia onde permaneceu cerca de quatro meses, jura a pés juntos que os tailandeses ("quando me explicaram isto é que eu fiquei a perceber porque é que os gajos são assim; é que os gajos são lentos, percebes?") têm apenas 90 de Q.I. ("sabes, o normal é 140"). Isto, para além de estar sinceramente convencido que não existe absolutamente nenhuma tailandesa que ande com um estrangeiro sem ser "para lhe sacar o guito. É que não há, percebes?!" Quando lhe respondi que não, que não percebia, lhe perguntei de onde vinham tais dados estatísticos e qual a sua credibilidade e rematei com um "desculpa lá, mas isso a mim soa-me a discurso racista e inconsequente", respondeu ultrajado: "Racista? Racistas são eles!"
E não é que houve mais pessoas a indignar-se com a tal desastrosa missiva do tal descolorado Ricardo de Cascais! E que responderam ao indivíduo, de uma forma provavelmente até mais pedagógica do que a minha, que não seria decerto publicada se a tivesse enviado ao referido diário (destak). Senti-me algo aliviada. Não por haver gente que se indigna com indivíduos que se atrevem a exprimir tais atrocidades em praça pública, mas por se darem ao trabalho de responder. É que eu, sinceramente, já perdi a pachorra e deixei de responder ou sequer discutir. E como eu, muitos, provavelmente. Mas, pelos vistos, pode não estar tudo perdido...
Aproveito para apelar àqueles e àquelas que, imbuídos de um verdadeiro espírito de sacrifício, responderam ao descolorado indivíduo para que expliquem também a um velho conhecido meu que não há povos com Q.I. menores ou maiores que outros. É que o rapaz, que viajou recentemente até à Tailândia onde permaneceu cerca de quatro meses, jura a pés juntos que os tailandeses ("quando me explicaram isto é que eu fiquei a perceber porque é que os gajos são assim; é que os gajos são lentos, percebes?") têm apenas 90 de Q.I. ("sabes, o normal é 140"). Isto, para além de estar sinceramente convencido que não existe absolutamente nenhuma tailandesa que ande com um estrangeiro sem ser "para lhe sacar o guito. É que não há, percebes?!" Quando lhe respondi que não, que não percebia, lhe perguntei de onde vinham tais dados estatísticos e qual a sua credibilidade e rematei com um "desculpa lá, mas isso a mim soa-me a discurso racista e inconsequente", respondeu ultrajado: "Racista? Racistas são eles!"
3/20/2006
Heterónimos
Sempre gostei do Fernando Pessoa. Eu sei que não é muito original, mas também não interessa. Sempre gostei do gajo, e, de entre os heterónimos, o Álvaro de Campos é, sem dúvida o meu preferido. O que mais tem a ver comigo. O mais explosivo e malcriado. O menos policamente correcto. Isto para dizer que miminanet, atena (teve de ser 3, que à terceira é que é de vez...) ou calamity jane são apenas heterónimos. Na base estou eu. Problemas de identidade? Talvez. Por acaso nunca me achei com múltipla, nem sequer com dupla personalidade. Alterações de humor, tenho algumas, mas maníaco-depressiva, acho que não. Então porquê 3 nomes? Ainda não sei bem.
Miminanet é o nome que uso quando no msn e comecei a enviar comentários às bloguistas mamãs usando esse nome. Assim, talvez seja uma identidade mais maternal, por assim dizer.
Atena 3 foi aquela confusão a tentar ser Atena pra responder a uma Afrodite. Mas, apesar de gostar da deusa e também da rádio... hum... não era bem... e arriscava-me a ser taxada de convencida, assim, a adoptar impunemente o nome de uma deusa em vão...
Então lembrei-me.
Eu de chapéu de palha e calças de ganga rotas pelo uso e não compradas com rasgões estrategicamente colocados pelo fabricante e logo inflaccionadas a preceito. O verão a escaldar as almas, os corpos e as intenções. A idade da rebeldia. A malícia no olhar. "Deves ser Calamity, tu. Calamity Jane". Pois. Todos os heterónimos sou eu mas alguns sou mais eu que os outros. Calamity seja. Fica Calamity.
Miminanet é o nome que uso quando no msn e comecei a enviar comentários às bloguistas mamãs usando esse nome. Assim, talvez seja uma identidade mais maternal, por assim dizer.
Atena 3 foi aquela confusão a tentar ser Atena pra responder a uma Afrodite. Mas, apesar de gostar da deusa e também da rádio... hum... não era bem... e arriscava-me a ser taxada de convencida, assim, a adoptar impunemente o nome de uma deusa em vão...
Então lembrei-me.
Eu de chapéu de palha e calças de ganga rotas pelo uso e não compradas com rasgões estrategicamente colocados pelo fabricante e logo inflaccionadas a preceito. O verão a escaldar as almas, os corpos e as intenções. A idade da rebeldia. A malícia no olhar. "Deves ser Calamity, tu. Calamity Jane". Pois. Todos os heterónimos sou eu mas alguns sou mais eu que os outros. Calamity seja. Fica Calamity.
Isto agora vai ser a sério!
Caros inúmeros e incontáveis: isto de ter um blog na internet é muito bonito, mas, bolas, gostava de expandir um pouco... é que em todo o escritor frustrado ou jornalista desempregado vive um poeta que sonha em ser lido, há que dizê-lo com frontalidade! Convenhamos, pois, que 2 (dois) leitores é pouco. Podem ser bons (e são!), eh pá, mas não me chegam. Quero mais, muito mais. As minhas amiguinhas (a maior parte delas nunca me viu - nem leu - mais gorda, mas eu já as coneço bem!) bloguistas e até outras bloggers por aí têm regularmente 20, 30 comentários e eu, chuifff, nadica di nada! (desculpem os meus dois, mas sinto-me só na blogosfera!). Por isso, decidi que vou mudar de nome e passar assinar os meus comentários e posts com a mesma identidade. Assim, talvez alguém mais se digne a visitar-me...
3/17/2006
Portugal Burning
Revi ontem à noite esse magnífico yet angustiante filme que dá pelo nome de Mississipi Burning. Os acontecimentos relatados datam de 1964 - ou seja, já lá vão 42 anitos. A coisa passa-se no tal país que se auto-intitula a maior democracia do mundo mas que nem sabe o que é um sufrágio directo e universal e até tem um palhaço chamado Bush na presidência embora não tenha sido eleito pelo povo. Eu sei que é muito tempo e muito quilómetro de distância. Mas não sei porquê (a ler com tom irónico, não sei como se imprime graficamente) dei comigo a pensar o quanto aquilo é tragicamente actual. E tuga.
E nem de propósito. Hoje ao pequeno-almoço, como leitora compulsiva que sou agarrei no primeiro pedaço de papel de jornal que apanhei à mão pra me entreter. Era mesmo um reles pedaço de papel chamado destak (espero não ofender nenhum dos meus inúmeros e incontáveis leitores com esta consideração) e nem sequer era de hoje. Mas ao pequeno-almoço a malta ainda está sonolenta e qualquer bacalhauzito de terceira basta. E lá estava, preto no branco, uma carta de leitor, de um tal Ricardo de Cascais, se a memória não me falha. O discurso era o bem conhecido "eu cá não sou racista, mas...". Normalmente é o suficiente para eu desligar, zappar, virar as costas, desligar o telefone, virar a página, mas o filme estava tão fresquinho ainda... Deixa cá ver o que este gajo tem aqui para dizer. A história era sobre um tal de um "conhecido meu"que foi "assaltado à mão armada" por dois tais de "indivíduos de cor" (que também é uma expressão que me faz logo ir aos arames: o que é uma pessoa de cor? Quer dizer, eu não tenho cor? Sou transparente? e o chinês da loja em frente? Tem cor ou também não tem, como eu? Aliás, quando não havia TV a cores, ela era a preto e branco; sendo assim, os brancos deixam de ser brancos e os negros de ser negros, para, uns deixarem de ter cor, e outros passarem a ser "de cor"... bom, adiante) então dizia o tal leitor, com a tal ressalva de que sabia bem o desprezo com que certas pessoas tratavam os africanos em Portugal, mas que realmente só graças a um "português" é que o tal do "conhecido" se tinha safado e que angolanos, moçambicanos e caboverdianos sim, mas calminhos e bem comportadinhos. Como é que eles queriam ser bem aceites pelos portugueses se se portavam assim? Lembrou-me outro que dizia qualquer coisa do género: "se os pretos querem viver entre nós, tudo bem, desde que sejam ordeiros". "Ordeiros"??!!! Faz-me pensar que os franceses têm um insulto óptimo para quem usa este tipo de discurso: "Ordure!" Significa "lixo!". Oh Ricardo de Cascais ó lá coméquetechamas. Vê se te mancas, ó lixo da nossa vergonha! A minha irmã foi assaltada à mão armada por dois filhasdaputa brancos e, claro, ninguém referiu que eram brancos. Talvez não tivessem cor. É que o lixo, sabes, ó Ricardo de Cascais, não tem cor. É como tu.
E nem de propósito. Hoje ao pequeno-almoço, como leitora compulsiva que sou agarrei no primeiro pedaço de papel de jornal que apanhei à mão pra me entreter. Era mesmo um reles pedaço de papel chamado destak (espero não ofender nenhum dos meus inúmeros e incontáveis leitores com esta consideração) e nem sequer era de hoje. Mas ao pequeno-almoço a malta ainda está sonolenta e qualquer bacalhauzito de terceira basta. E lá estava, preto no branco, uma carta de leitor, de um tal Ricardo de Cascais, se a memória não me falha. O discurso era o bem conhecido "eu cá não sou racista, mas...". Normalmente é o suficiente para eu desligar, zappar, virar as costas, desligar o telefone, virar a página, mas o filme estava tão fresquinho ainda... Deixa cá ver o que este gajo tem aqui para dizer. A história era sobre um tal de um "conhecido meu"que foi "assaltado à mão armada" por dois tais de "indivíduos de cor" (que também é uma expressão que me faz logo ir aos arames: o que é uma pessoa de cor? Quer dizer, eu não tenho cor? Sou transparente? e o chinês da loja em frente? Tem cor ou também não tem, como eu? Aliás, quando não havia TV a cores, ela era a preto e branco; sendo assim, os brancos deixam de ser brancos e os negros de ser negros, para, uns deixarem de ter cor, e outros passarem a ser "de cor"... bom, adiante) então dizia o tal leitor, com a tal ressalva de que sabia bem o desprezo com que certas pessoas tratavam os africanos em Portugal, mas que realmente só graças a um "português" é que o tal do "conhecido" se tinha safado e que angolanos, moçambicanos e caboverdianos sim, mas calminhos e bem comportadinhos. Como é que eles queriam ser bem aceites pelos portugueses se se portavam assim? Lembrou-me outro que dizia qualquer coisa do género: "se os pretos querem viver entre nós, tudo bem, desde que sejam ordeiros". "Ordeiros"??!!! Faz-me pensar que os franceses têm um insulto óptimo para quem usa este tipo de discurso: "Ordure!" Significa "lixo!". Oh Ricardo de Cascais ó lá coméquetechamas. Vê se te mancas, ó lixo da nossa vergonha! A minha irmã foi assaltada à mão armada por dois filhasdaputa brancos e, claro, ninguém referiu que eram brancos. Talvez não tivessem cor. É que o lixo, sabes, ó Ricardo de Cascais, não tem cor. É como tu.
3/15/2006
Estou de volta!!!
Após prolongada ausência, venho por este meio informar os meus inúmeros e incontáveis leitores que estou de volta às lides bloguísticas. Às meninas que eventualmente me conheçam como "miminanet", informo que este é o meu alter-ego blogosférico e convido-as desde já a darem-me o prazer das vossas visitinhas. Presenteiem-me, pois, com os vossos comentariozitos para assim enriquecermos o marabilhoso panorama cibernético português!
Tenho dito.
Beijinhos e até já
Ah! E como dizem os franceses: "Venez nombreux", q é como quem diz: "Apareçam ao magotes, pá!"
Tenho dito.
Beijinhos e até já
Ah! E como dizem os franceses: "Venez nombreux", q é como quem diz: "Apareçam ao magotes, pá!"
Subscrever:
Mensagens (Atom)