9/28/2007
9/26/2007
E mais retrocessos
(aviso à navegação: esta posta contém expressões eventualmente chocantes)
Há muitos, muitos anos, andava eu no liceu e tinha um professor de uma disciplina chamada "Ciências Económicas e Sociais" que me ensinou muito do que eu sei hoje. Entre outras coisas, que aquilo a que chamamos actualmente "Economia" não é uma ciência exacta, mas antes faz parte das chamadas ciências sociais e humanas. Mas isso, para não variar do meu hábito de estar sempre a desviar do assunto, não é o que me traz aqui agora, embora desse certamente um muito bom tema para uma posta.
O meu prof, que me iniciou, assim como a muitos dos meus colegas da altura, às bases do pensamento contemporâneo, às raízes do sistema capitalista e, por assim dizer, ao hábito que ainda hoje tenho de tudo relacionar, que me permite, acho eu, ter uma visão mais ou menos lúcida e global do mundo, falava com frequência nos filósofos John Locke e Thomas Hobbes, contrapondo o pensamento deste último com o de Rousseau - o Jean-Jacques - , que era de opinião que o Homem é naturalmente bom. À época, com a ingenuidade própria dos meus 14 ou 15 anos, eu alinhava pelo pensamento deste último e achava que o Hobbes devia ser um tipo muito pessimista e até algo cínico ao afirmar com tanta frieza que "Homo homini lupus", ou seja, que o homem é um lobo para si próprio. Isto, no sentido da maldade do ser humano, do facto de este se constituir em predador da sua própria espécie - e não para responder a necessidades imediatas e vitais como a alimentação.
Pois hoje vejo-me forçada a aceitar que Hobbes não se enganou, o que é deveras preocupante, uma vez que passaram cerca de quinhentos anos sobre os escritos de tal personagem, o qual desenvolvia a teoria de vivermos num estado de "guerra de todos contra todos".
Foda-se. Eu sei, inúmeros e incontáveis. Estou cada vez pior. Só digo ordinarices e com frequência crescente, mas nem sequer me apetece controlar esta minha ânsia de escrever palavrões por extenso, saboreando cada sílaba, cada letrinha, e só tenho pena que a nossa língua, noutra áreas tão rica, seja tão parca nestas palavritas - pois, além do mais, elas são pequenitas: deviam ter todas pelo menos quatro ou cinco sílabas, que era para permitirem alguma satisfação, que é, afinal do contas, o objectivo da sua existência. Foda-se, portanto. Fo-da-se. F-O-D-A-S-EEEEEEEE. - Foda-se, dizia eu. Que merda de país este. Que merda de mundo este. É melhor ficar com raiva. Com ódio. Com nojo. Berrar. Mijar. Vomitar. Porque a alternativa é chorar. A dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor. Um dia quis começar a escrever um livro. O livro que ia revelar uma grande escritora ao mundo. A grande obra. Aquela que trago há tanto tempo guardada dentro de mim. E então comecei (Pois não é isto que custa sempre tanto: começar?..). E foi isto que escrevi:
A dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor. Parecia o lunático representado por Jack Nicholson naquele filme, "The Shining".
Não, inúmeros e incontáveis. A vossa Calamity ainda não se passou. Por completo, digo. Foi só de ver o noticiário à hora do almoço. A Esmeralda. A Sara. A Maddie. Foda-se, que não dá. Não dá, não dá pra aguentar mais esta merda do caralho da porra de asco nojento de bosta de cagalhão de esgoto podre javardo e obnóxio (esta última porque, de tão feia, parece um palavrão). Vêem? Não há palavrões que nos aliviem. Não há. Uma pessoa vê-se obrigada a usar vocábulos esquisitos e mesmo assim não funciona.
A Esmeralda. A Sara. A Maddie. E a Joana. E o Daniel. E a Vanessa. O que é esta merda?????!!!!! O que é isto????!!!! Eu sou mãe, porra!!!! Devo deixar de ligar a televisão? Devo emigrar? Mudar de profissão? Será que alguma destas soluções o seria? Será que iria deixar de doer? Doer um pouco menos? Aligeirar o medo que sinto por mim, pelos meus filhos, pelos filhos que eles terão um dia? E será que eles vão querer tê-los? Ou irão eles renunciar ao desígnio da paternidade por terror, por pavor deste mundo que herdámos e lhes deixamos de herança. Do qual não temos culpa, talvez, mas pelo qual somos todos responsáveis. O que havemos de fazer??? O que hei de fazer???
Há quase um século, um poeta português (Augusto Gil, acho eu) exprimia assim o desalento: (Praticamente cem anos volvidos continua tudo na mesma. Na mesma?)
(...)
Mas as crianças, Senhor
Porque lhes dais tanta dor?
Porque padecem assim?
E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação,
Entra em mim, fica em mim presa...
Há muitos, muitos anos, andava eu no liceu e tinha um professor de uma disciplina chamada "Ciências Económicas e Sociais" que me ensinou muito do que eu sei hoje. Entre outras coisas, que aquilo a que chamamos actualmente "Economia" não é uma ciência exacta, mas antes faz parte das chamadas ciências sociais e humanas. Mas isso, para não variar do meu hábito de estar sempre a desviar do assunto, não é o que me traz aqui agora, embora desse certamente um muito bom tema para uma posta.
O meu prof, que me iniciou, assim como a muitos dos meus colegas da altura, às bases do pensamento contemporâneo, às raízes do sistema capitalista e, por assim dizer, ao hábito que ainda hoje tenho de tudo relacionar, que me permite, acho eu, ter uma visão mais ou menos lúcida e global do mundo, falava com frequência nos filósofos John Locke e Thomas Hobbes, contrapondo o pensamento deste último com o de Rousseau - o Jean-Jacques - , que era de opinião que o Homem é naturalmente bom. À época, com a ingenuidade própria dos meus 14 ou 15 anos, eu alinhava pelo pensamento deste último e achava que o Hobbes devia ser um tipo muito pessimista e até algo cínico ao afirmar com tanta frieza que "Homo homini lupus", ou seja, que o homem é um lobo para si próprio. Isto, no sentido da maldade do ser humano, do facto de este se constituir em predador da sua própria espécie - e não para responder a necessidades imediatas e vitais como a alimentação.
Pois hoje vejo-me forçada a aceitar que Hobbes não se enganou, o que é deveras preocupante, uma vez que passaram cerca de quinhentos anos sobre os escritos de tal personagem, o qual desenvolvia a teoria de vivermos num estado de "guerra de todos contra todos".
Foda-se. Eu sei, inúmeros e incontáveis. Estou cada vez pior. Só digo ordinarices e com frequência crescente, mas nem sequer me apetece controlar esta minha ânsia de escrever palavrões por extenso, saboreando cada sílaba, cada letrinha, e só tenho pena que a nossa língua, noutra áreas tão rica, seja tão parca nestas palavritas - pois, além do mais, elas são pequenitas: deviam ter todas pelo menos quatro ou cinco sílabas, que era para permitirem alguma satisfação, que é, afinal do contas, o objectivo da sua existência. Foda-se, portanto. Fo-da-se. F-O-D-A-S-EEEEEEEE. - Foda-se, dizia eu. Que merda de país este. Que merda de mundo este. É melhor ficar com raiva. Com ódio. Com nojo. Berrar. Mijar. Vomitar. Porque a alternativa é chorar. A dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor. Um dia quis começar a escrever um livro. O livro que ia revelar uma grande escritora ao mundo. A grande obra. Aquela que trago há tanto tempo guardada dentro de mim. E então comecei (Pois não é isto que custa sempre tanto: começar?..). E foi isto que escrevi:
A dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor. A dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor a dor. Parecia o lunático representado por Jack Nicholson naquele filme, "The Shining".
Não, inúmeros e incontáveis. A vossa Calamity ainda não se passou. Por completo, digo. Foi só de ver o noticiário à hora do almoço. A Esmeralda. A Sara. A Maddie. Foda-se, que não dá. Não dá, não dá pra aguentar mais esta merda do caralho da porra de asco nojento de bosta de cagalhão de esgoto podre javardo e obnóxio (esta última porque, de tão feia, parece um palavrão). Vêem? Não há palavrões que nos aliviem. Não há. Uma pessoa vê-se obrigada a usar vocábulos esquisitos e mesmo assim não funciona.
A Esmeralda. A Sara. A Maddie. E a Joana. E o Daniel. E a Vanessa. O que é esta merda?????!!!!! O que é isto????!!!! Eu sou mãe, porra!!!! Devo deixar de ligar a televisão? Devo emigrar? Mudar de profissão? Será que alguma destas soluções o seria? Será que iria deixar de doer? Doer um pouco menos? Aligeirar o medo que sinto por mim, pelos meus filhos, pelos filhos que eles terão um dia? E será que eles vão querer tê-los? Ou irão eles renunciar ao desígnio da paternidade por terror, por pavor deste mundo que herdámos e lhes deixamos de herança. Do qual não temos culpa, talvez, mas pelo qual somos todos responsáveis. O que havemos de fazer??? O que hei de fazer???
Há quase um século, um poeta português (Augusto Gil, acho eu) exprimia assim o desalento: (Praticamente cem anos volvidos continua tudo na mesma. Na mesma?)
(...)
Mas as crianças, Senhor
Porque lhes dais tanta dor?
Porque padecem assim?
E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação,
Entra em mim, fica em mim presa...
9/25/2007
Retrocessos
Olha que giro! Esta é a posta nº 100! Que títalo mais sugestivo... nada como realmente, não é, ó Inúmeros e Incontáveis?!...
Porque será que, cada vez mais, tenho a sensação de que o país está a andar para trás e não para a frente?
Os exemplos são inúmeros e variados. Cobrem as mais diversas áreas de actividade e, mesmo em termos culturais, é muito discutível que o nível geral esteja mais elevado. Sim, o analfabetismo baixou desde 1974. É um facto. Mas será que não foi à custa de um iletrismo crescente? É que, pelo que vejo, ouço e leio...
Mas dizia eu que vejo esta coisa a que chamamos Portugal a retroceder dia após dia, e isto, perante a complacência impávida e serena das várias gerações que deveriam berrar e estrabuchar, cada vez mais alto, e impedir o caminhar lento mas inexorável desta tanga pró cadafalso. Alguns dados soltos para ilustrar este meu pensamento:
- Simplex? Sim quê? Onde? Como? Excuso de desenvolver, não excuso?
- O novo Estatuto do Jornalista. Uma lei bacoca e fascizante, que o próprio Cavaco vetou. Será preciso explicar mais? Já só falta mesmo vir a comissão do lápis lazuli tratar-nos da saúde aos textos, conteúdos e - horror dos horrores! - opiniões que possam estar manifestas ou implícitas, já que - toda a gente sabe - , se há coisa absolutamente proíbida a um jornalista, seja ele assalariado ou, sobretudo, "independente" (este também um conceito deveras sui generis nos dias que correm e no país que temos), é ter e manifestar uma opinião, sobretudo se esta for contra a corrente - leia-se, contra quem manda nela, ou seja os grandes grupos económicos donos das empresas "jornalísticas", que é como quem diz o governo, que é como quem diz esta merda vai toda dar ao mesmo e como diziam uns gaijos que em tempos tiveram alguma piada mas depois foram para o parlamento, "só mudam as moscas", isto é quando o senhor Marques Mendes ou o seu concorrente Menezes se tornarem primeiros-ministros a malta vai continuar a rir-se a bom rir, mas adiante, ou onde é que eu ia, que já tou com as ideias trocadas, ai, balha-me deuj noxenhore...
- E já que falamos em "novo", falemos então no tal "Novo Código de Processo Penal" - é assim que se diz, não é?
Quer-se dizer. Esta gente, em vez de trabalhar comàs pessoas, e fazer com que os processos decorram um bocadichinho mais depressa, que é pró bacanos que enchem as nossas cadeias serem julgados em tempo útil e para que não passem anos esquecidos a apodrecer em prisão preventiva, não!, vá de alterar a lei e sacar cá pra fora figuras de filme de terror como o padrasto do Daniel, que, francamente, e apesar de eu ser rigorosamente CONTRA os julgamentos populares - e linchamentos e outros que tais terminados em mentos, à excepção talvez dos jumentos, uns gajos porreiros nos dias que correm -, só merecia que lhe tivessem enfiado UMA VASSOURA DE PREGOS pelo ânus acima até que lhe saísse pela boca.
Isto, enfim, para não mencionar outros que deviam lá estar mas, não só não estão, como ocupam lugares de relevo na nossa sociedade e passeiam-se nos seus carros de luxo, deitam-se nas camas dos hotéis de luxo que licenciaram a troco de sabe-se lá que favores em paisagens que outrora foram protegidas e agora estão fodidas, desculpem lá os inúmeros e incontáveis a frieza do verbo mas a bem dizer esta cena já viu melhores dias ou então é da minha vista que me entrou um cisco pró olho, a bem dizer...
- E só porque esta posta já vai longa e não me pagam pra publicar mensagens subversivas na internet, aliás, não me pagam pra muitas outras coisas e o que pagam mal dá pró gasto, mas isso são outros assuntos e a posta já vai longa e eu já me estou a repetir (não liguem, ó inúmeros e incontáveis, está a dar-me um daqueles meus ataques ou achaques ou lá o que é), só porque não dá agora pra continuar, que eu, a bem dizer, era capaz de continuar a achar exemplos de como esta merda vai de mal a pior até pelo menos ao próximo dia 17 de outubro, isto se continuasse a escrever non-stop, e só porque depois ia precisar de comer qualquer coisinha, tomar um duche e mudar de roupa, dizia eu então que só pra terminar esta posta ia agora falar de um assunto assim a modos que mai levezinho mas não menos ilustrativo do quão para trás isto anda e não prà frente como seria normal, expectável e, quiçá?, desejável.
Quiseram o destino e os meandros desta insondável existência que eu mandasse umas larachas a troco de uns miserentos trocos numa universidade privada cujo nome não mencionarei mas que se gaba de ter um corpo docente valioso embora não seja capaz de o pagar a tempo e horas, aliás, capaz será, mas encaixam-se muitos milhares de euros por mês retendo os salários de várias centenas de professores durante cerca de doze dias por mês (e os respectivos subsídios de férias e Natal ao longo de seis meses - seis!) e lá estou eu outra vez com o meu mau feitio e sempre a desviar-me do assunto, ora desculpem lá os inúmeros e incontáveis mas isto é a minha incorrigível língua de trapos...
Dizia eu pois que a dita-cuja universidade me faz o favor de pagar tardiamente uns tustos a troco de eu partilhar algum do meu parco saber com umas criaturas por quem os respectivos pais desembolsam fortunas consideráveis a fim de lhes garantir um futuro deveras incerto enquanto elas - as criaturas - se passeiam em jeeps de luxo que nem nos meus sonhos mais atrevidos eu conduzirei um dia e emborcam cervejas e fumam cigarros no bar da faculdade e depois não sabem que "dever" é um verbo transitivo e também não percebem que um trabalho universitário se redige em Português e não se assemelha a nenhuma sms nem a um conjunto das ditas. As referidas criaturas também têm uma certa dificuldade em distinguir um trabalho de pesquisa de um mero plágio e algumas delas nem deveriam ter alguma vez passado da quarta classe, mas isto sou eu novamente a deixar-me levar pela maldade, pois o país carece de licenciados a fim de engrossar a lista dos disponíveis da função pública, e também para poderem ser eles os que, por sua vez, ensinarão aos nossos filhos (salvo seja!!!) aquilo que aprenderam nos quatro anos passados a beber cerveja e a fumar cigarros num bar repleto de avisos reaccionários e circulares com cigarros atravessados obliquamente por um traço vermelho. Adiante.
Pois se há coisa que me irrita, para além dos "eu devo de" e dos testes e trabalhos recheados de pérolas da nossa literatura - e da nossa argúcia! - como "Câmara subjectiva é aquela k está lá mas não se vê", se há coisa, pois, que me enerve e até, ouso dizer, que me entedie, é ver as referidas criaturas fardadas - perdão, trajadas - com aquelas fatiotas pretas a que dão o pomposo nome de "capa e batina". É aquilo, não é? Aqueles fatos pretos, 'bleizer' e saia pelo joelho prà menina e 'bleizer' e calça clássica pró menino, ambos com gravata preta presa com colher (com colher???!!!! No meu tempo passear-se com uma colher significava andar a dar na fruta... e não era na salada de), camisa branca de poliester e meia preta (collant) no caso ainda das meninas, que envergam tão brilhante vestimenta combinando-a com um calçado a preceito digno de ter sido usado pelas senhoras suas avós no tempo em que não havia duas marcas distintas em Portugal e os sapatos eram todos fabricados em Santa Maria da Feira. Eh pá, desculpem lá, mas há que dizê-lo com frontalidade: há lá coisa mai feia do que um estudante com aquela roupa esquisita que mais parece estarem todos de luto no ano da graça de 1947? E o pior é que cada vez são mais a andar com aquilo vestido! São às resmas, aos magotes. Eh pá, até no tempo da outra senhora, os estudantes se vestiam melhor. E foram capazes de mexer um bocado com as coisas. Agora com uma geração de universitários que usa aquilo, e ainda por cima com orgulho, embora não façam a mais pequena ideia do que significa 'paradigma' e julguem que Levi-Strauss é um famoso designer de calças de ganga, digam lá, ó inúmeros e incontáveis: Como é que esta merda há de andar prà frente??? Hein??!!!
Porque será que, cada vez mais, tenho a sensação de que o país está a andar para trás e não para a frente?
Os exemplos são inúmeros e variados. Cobrem as mais diversas áreas de actividade e, mesmo em termos culturais, é muito discutível que o nível geral esteja mais elevado. Sim, o analfabetismo baixou desde 1974. É um facto. Mas será que não foi à custa de um iletrismo crescente? É que, pelo que vejo, ouço e leio...
Mas dizia eu que vejo esta coisa a que chamamos Portugal a retroceder dia após dia, e isto, perante a complacência impávida e serena das várias gerações que deveriam berrar e estrabuchar, cada vez mais alto, e impedir o caminhar lento mas inexorável desta tanga pró cadafalso. Alguns dados soltos para ilustrar este meu pensamento:
- Simplex? Sim quê? Onde? Como? Excuso de desenvolver, não excuso?
- O novo Estatuto do Jornalista. Uma lei bacoca e fascizante, que o próprio Cavaco vetou. Será preciso explicar mais? Já só falta mesmo vir a comissão do lápis lazuli tratar-nos da saúde aos textos, conteúdos e - horror dos horrores! - opiniões que possam estar manifestas ou implícitas, já que - toda a gente sabe - , se há coisa absolutamente proíbida a um jornalista, seja ele assalariado ou, sobretudo, "independente" (este também um conceito deveras sui generis nos dias que correm e no país que temos), é ter e manifestar uma opinião, sobretudo se esta for contra a corrente - leia-se, contra quem manda nela, ou seja os grandes grupos económicos donos das empresas "jornalísticas", que é como quem diz o governo, que é como quem diz esta merda vai toda dar ao mesmo e como diziam uns gaijos que em tempos tiveram alguma piada mas depois foram para o parlamento, "só mudam as moscas", isto é quando o senhor Marques Mendes ou o seu concorrente Menezes se tornarem primeiros-ministros a malta vai continuar a rir-se a bom rir, mas adiante, ou onde é que eu ia, que já tou com as ideias trocadas, ai, balha-me deuj noxenhore...
- E já que falamos em "novo", falemos então no tal "Novo Código de Processo Penal" - é assim que se diz, não é?
Quer-se dizer. Esta gente, em vez de trabalhar comàs pessoas, e fazer com que os processos decorram um bocadichinho mais depressa, que é pró bacanos que enchem as nossas cadeias serem julgados em tempo útil e para que não passem anos esquecidos a apodrecer em prisão preventiva, não!, vá de alterar a lei e sacar cá pra fora figuras de filme de terror como o padrasto do Daniel, que, francamente, e apesar de eu ser rigorosamente CONTRA os julgamentos populares - e linchamentos e outros que tais terminados em mentos, à excepção talvez dos jumentos, uns gajos porreiros nos dias que correm -, só merecia que lhe tivessem enfiado UMA VASSOURA DE PREGOS pelo ânus acima até que lhe saísse pela boca.
Isto, enfim, para não mencionar outros que deviam lá estar mas, não só não estão, como ocupam lugares de relevo na nossa sociedade e passeiam-se nos seus carros de luxo, deitam-se nas camas dos hotéis de luxo que licenciaram a troco de sabe-se lá que favores em paisagens que outrora foram protegidas e agora estão fodidas, desculpem lá os inúmeros e incontáveis a frieza do verbo mas a bem dizer esta cena já viu melhores dias ou então é da minha vista que me entrou um cisco pró olho, a bem dizer...
- E só porque esta posta já vai longa e não me pagam pra publicar mensagens subversivas na internet, aliás, não me pagam pra muitas outras coisas e o que pagam mal dá pró gasto, mas isso são outros assuntos e a posta já vai longa e eu já me estou a repetir (não liguem, ó inúmeros e incontáveis, está a dar-me um daqueles meus ataques ou achaques ou lá o que é), só porque não dá agora pra continuar, que eu, a bem dizer, era capaz de continuar a achar exemplos de como esta merda vai de mal a pior até pelo menos ao próximo dia 17 de outubro, isto se continuasse a escrever non-stop, e só porque depois ia precisar de comer qualquer coisinha, tomar um duche e mudar de roupa, dizia eu então que só pra terminar esta posta ia agora falar de um assunto assim a modos que mai levezinho mas não menos ilustrativo do quão para trás isto anda e não prà frente como seria normal, expectável e, quiçá?, desejável.
Quiseram o destino e os meandros desta insondável existência que eu mandasse umas larachas a troco de uns miserentos trocos numa universidade privada cujo nome não mencionarei mas que se gaba de ter um corpo docente valioso embora não seja capaz de o pagar a tempo e horas, aliás, capaz será, mas encaixam-se muitos milhares de euros por mês retendo os salários de várias centenas de professores durante cerca de doze dias por mês (e os respectivos subsídios de férias e Natal ao longo de seis meses - seis!) e lá estou eu outra vez com o meu mau feitio e sempre a desviar-me do assunto, ora desculpem lá os inúmeros e incontáveis mas isto é a minha incorrigível língua de trapos...
Dizia eu pois que a dita-cuja universidade me faz o favor de pagar tardiamente uns tustos a troco de eu partilhar algum do meu parco saber com umas criaturas por quem os respectivos pais desembolsam fortunas consideráveis a fim de lhes garantir um futuro deveras incerto enquanto elas - as criaturas - se passeiam em jeeps de luxo que nem nos meus sonhos mais atrevidos eu conduzirei um dia e emborcam cervejas e fumam cigarros no bar da faculdade e depois não sabem que "dever" é um verbo transitivo e também não percebem que um trabalho universitário se redige em Português e não se assemelha a nenhuma sms nem a um conjunto das ditas. As referidas criaturas também têm uma certa dificuldade em distinguir um trabalho de pesquisa de um mero plágio e algumas delas nem deveriam ter alguma vez passado da quarta classe, mas isto sou eu novamente a deixar-me levar pela maldade, pois o país carece de licenciados a fim de engrossar a lista dos disponíveis da função pública, e também para poderem ser eles os que, por sua vez, ensinarão aos nossos filhos (salvo seja!!!) aquilo que aprenderam nos quatro anos passados a beber cerveja e a fumar cigarros num bar repleto de avisos reaccionários e circulares com cigarros atravessados obliquamente por um traço vermelho. Adiante.
Pois se há coisa que me irrita, para além dos "eu devo de" e dos testes e trabalhos recheados de pérolas da nossa literatura - e da nossa argúcia! - como "Câmara subjectiva é aquela k está lá mas não se vê", se há coisa, pois, que me enerve e até, ouso dizer, que me entedie, é ver as referidas criaturas fardadas - perdão, trajadas - com aquelas fatiotas pretas a que dão o pomposo nome de "capa e batina". É aquilo, não é? Aqueles fatos pretos, 'bleizer' e saia pelo joelho prà menina e 'bleizer' e calça clássica pró menino, ambos com gravata preta presa com colher (com colher???!!!! No meu tempo passear-se com uma colher significava andar a dar na fruta... e não era na salada de), camisa branca de poliester e meia preta (collant) no caso ainda das meninas, que envergam tão brilhante vestimenta combinando-a com um calçado a preceito digno de ter sido usado pelas senhoras suas avós no tempo em que não havia duas marcas distintas em Portugal e os sapatos eram todos fabricados em Santa Maria da Feira. Eh pá, desculpem lá, mas há que dizê-lo com frontalidade: há lá coisa mai feia do que um estudante com aquela roupa esquisita que mais parece estarem todos de luto no ano da graça de 1947? E o pior é que cada vez são mais a andar com aquilo vestido! São às resmas, aos magotes. Eh pá, até no tempo da outra senhora, os estudantes se vestiam melhor. E foram capazes de mexer um bocado com as coisas. Agora com uma geração de universitários que usa aquilo, e ainda por cima com orgulho, embora não façam a mais pequena ideia do que significa 'paradigma' e julguem que Levi-Strauss é um famoso designer de calças de ganga, digam lá, ó inúmeros e incontáveis: Como é que esta merda há de andar prà frente??? Hein??!!!
9/14/2007
742 da Carris ou Contos de uma Outra Vida
A cara era-me familiar. O autocarro, agora pomposamente reno(u)me(r)ado pela Carris de 742 - vulgo, para os conhecedores, 42 - é dos mais propícios a encontros com personagens que trazem reminiscências de outra encarnação.
(Sim, porque a vossa Calamity transitou para a blogosfera - com incursões a milhentos outros locais entretanto, claro está - de vidas anteriores. No meu passado lastimoso, conheci realidades que fariam corar de vergonha, embaraço e mal-estar qualquer pedra da nossa orgulhosamente única no mundo calçada portuguesa. Mundos que outros apenas vislumbram em filmes mais ou menos realistas como o premiado "Quarto da Vanda" ou dos quais ouvem ecos aparentemente surreais nalgumas das mais cruas canções dos Da Weasel. Desses anos de contacto íntimo com o mais sórdido e assustador bas-fond, trouxe para a existência actual memórias dolorosas, perdas e um recorrente nó na garganta. Pelos que vi partir, pelos que nem vi partir, mas partiram, em casas-de-banho públicas de um café do bairro, irremediavelmente irreconhecíveis em camas de hospital, em recantos obscuros e nauseabundos da encosta sobrepovoada que dava para a Avenida de Ceuta. Pelos que iniciaram então as estadias prolongadas aos diversos estabelecimentos prisionais. Pelos que ainda vagueiam por aí, tantos deles sem saberem que há muito, muito tempo se foram e nem se lembram de quando a vida era uma promessa ensolarada e sorridente. Pelos que nunca saberei se foram ou não e hoje recordo com a incómoda sensação de que não tenho bem a certeza se alguma vez existiram ou se serão apenas personagens de um qualquer sonho bizarro).
A personagem, dizia, fazia-me recuar muitos, muitos anos. Teria mais ou menos a minha idade e, para dizer a verdade verdadinha, nunca fora do meu círculo mais próximo. Nem o nome recordava. Talvez o amigo de um amigo de um amigo. Talvez sim, amigo em terceiro ou quarto grau. Estava a pouco mais de três metros, eu ainda ao pé do obliterador, ele ao pé do vidro grande, em frente à porta do meio. Parecia olhar na minha direcção. Nunca fingi não reconhecer alguém, por mais andrajoso, por mais decadente. Posso não falar com quem me tenha feito mal, mas mesmo neste caso tenho uma tendência autoirritante para deixar que o tempo retire o peso a acções que por vezes mereceriam um virar de cara para todo o resto da eternidade. Mas isso é outra história e nada tem a ver com o caso.Talvez um dia destes escreva sobre o assunto que já ocupou, aliás, outras companheiras de escrita por paragens próximas. Anyway. Olhei de volta e murmurei um "Olá, estás bem?". Não caloroso, nem sequer simpático, mas educado. A personagem continuou a fixar-me mas não reagiu. Estranhei. Não sou mais do que ninguém, mas também não sou menos e sei, de experiência própria, que estes figurantes da tal vida anterior costumam ficar gratos quando são reconhecidos por pessoas que há muito deixaram de ter qualquer contacto com o Twilight Zone. Estranhei e continuei a fitá-lo por instantes. Depois, sem lhe vislumbrar sinais de mudança na atitude, virei costas e sentei-me naquele lugar de corpo e meio atrás do condutor. Talvez estivesse envergonhado, pensei. Talvez fosse efectivamente um fantasma. De repente senti uma presença ao meu lado: "Desculpa, tu não és a Calamity?", perguntava. Sorri. "Pensei que não me querias falar", respondi. "É que estou cego".
Apenas conseguia vislumbrar algo por um curto ângulo algures no canto de um dos olhos e tinha-me reconhecido com alguma dificuldade após ter sentido que eu olhava fixamente para ele. Trocámos umas palavras, educadamente. Deve ter a minha idade mas foi "reformado há quase vinte anos", disse. Provavelmente antes mesmo de ele próprio completar as duas décadas de existência.
Minutos antes, apenas, reflectia eu sobre o facto de a minha geração ser, de facto e apesar de o epíteto ter sido atribuído àquela que veio imediatamente a seguir, a verdadeira "Geração à Rasca". Não pelo trabalho precário, de que já tenho falado profusamente, não pela vida delirante que levamos entre o excesso de actividades e o tempo que insiste em escoar-se à velocidade da luz. Mas pelo estado psicológico em que muitos de nós se (nos) encontram(os). Deprimidos, esquizofrénicos, bipolares, borderlines. Ansiosos, angustiados, preocupados, desesperados. Ao ponto de umas e outros matarem os próprios filhos e suidarem-se em seguida como lemos e ouvimos dia sim, dia não.
A personagem da outra encarnação despediu-se e saíu. Ia para uma consulta no Curry Cabral. Resumiu a sua situação sem ponta de autopiedade, com dignidade, até. Segui-o com os olhos enquanto descia a rua frente ao Corte Inglês sem que nada no seu andar deixasse adivinhar a visão quase inexistente. Não pude evitar que um afluxo de líquido me turvasse a vista. Desci na paragem seguinte.
(Sim, porque a vossa Calamity transitou para a blogosfera - com incursões a milhentos outros locais entretanto, claro está - de vidas anteriores. No meu passado lastimoso, conheci realidades que fariam corar de vergonha, embaraço e mal-estar qualquer pedra da nossa orgulhosamente única no mundo calçada portuguesa. Mundos que outros apenas vislumbram em filmes mais ou menos realistas como o premiado "Quarto da Vanda" ou dos quais ouvem ecos aparentemente surreais nalgumas das mais cruas canções dos Da Weasel. Desses anos de contacto íntimo com o mais sórdido e assustador bas-fond, trouxe para a existência actual memórias dolorosas, perdas e um recorrente nó na garganta. Pelos que vi partir, pelos que nem vi partir, mas partiram, em casas-de-banho públicas de um café do bairro, irremediavelmente irreconhecíveis em camas de hospital, em recantos obscuros e nauseabundos da encosta sobrepovoada que dava para a Avenida de Ceuta. Pelos que iniciaram então as estadias prolongadas aos diversos estabelecimentos prisionais. Pelos que ainda vagueiam por aí, tantos deles sem saberem que há muito, muito tempo se foram e nem se lembram de quando a vida era uma promessa ensolarada e sorridente. Pelos que nunca saberei se foram ou não e hoje recordo com a incómoda sensação de que não tenho bem a certeza se alguma vez existiram ou se serão apenas personagens de um qualquer sonho bizarro).
A personagem, dizia, fazia-me recuar muitos, muitos anos. Teria mais ou menos a minha idade e, para dizer a verdade verdadinha, nunca fora do meu círculo mais próximo. Nem o nome recordava. Talvez o amigo de um amigo de um amigo. Talvez sim, amigo em terceiro ou quarto grau. Estava a pouco mais de três metros, eu ainda ao pé do obliterador, ele ao pé do vidro grande, em frente à porta do meio. Parecia olhar na minha direcção. Nunca fingi não reconhecer alguém, por mais andrajoso, por mais decadente. Posso não falar com quem me tenha feito mal, mas mesmo neste caso tenho uma tendência autoirritante para deixar que o tempo retire o peso a acções que por vezes mereceriam um virar de cara para todo o resto da eternidade. Mas isso é outra história e nada tem a ver com o caso.Talvez um dia destes escreva sobre o assunto que já ocupou, aliás, outras companheiras de escrita por paragens próximas. Anyway. Olhei de volta e murmurei um "Olá, estás bem?". Não caloroso, nem sequer simpático, mas educado. A personagem continuou a fixar-me mas não reagiu. Estranhei. Não sou mais do que ninguém, mas também não sou menos e sei, de experiência própria, que estes figurantes da tal vida anterior costumam ficar gratos quando são reconhecidos por pessoas que há muito deixaram de ter qualquer contacto com o Twilight Zone. Estranhei e continuei a fitá-lo por instantes. Depois, sem lhe vislumbrar sinais de mudança na atitude, virei costas e sentei-me naquele lugar de corpo e meio atrás do condutor. Talvez estivesse envergonhado, pensei. Talvez fosse efectivamente um fantasma. De repente senti uma presença ao meu lado: "Desculpa, tu não és a Calamity?", perguntava. Sorri. "Pensei que não me querias falar", respondi. "É que estou cego".
Apenas conseguia vislumbrar algo por um curto ângulo algures no canto de um dos olhos e tinha-me reconhecido com alguma dificuldade após ter sentido que eu olhava fixamente para ele. Trocámos umas palavras, educadamente. Deve ter a minha idade mas foi "reformado há quase vinte anos", disse. Provavelmente antes mesmo de ele próprio completar as duas décadas de existência.
Minutos antes, apenas, reflectia eu sobre o facto de a minha geração ser, de facto e apesar de o epíteto ter sido atribuído àquela que veio imediatamente a seguir, a verdadeira "Geração à Rasca". Não pelo trabalho precário, de que já tenho falado profusamente, não pela vida delirante que levamos entre o excesso de actividades e o tempo que insiste em escoar-se à velocidade da luz. Mas pelo estado psicológico em que muitos de nós se (nos) encontram(os). Deprimidos, esquizofrénicos, bipolares, borderlines. Ansiosos, angustiados, preocupados, desesperados. Ao ponto de umas e outros matarem os próprios filhos e suidarem-se em seguida como lemos e ouvimos dia sim, dia não.
A personagem da outra encarnação despediu-se e saíu. Ia para uma consulta no Curry Cabral. Resumiu a sua situação sem ponta de autopiedade, com dignidade, até. Segui-o com os olhos enquanto descia a rua frente ao Corte Inglês sem que nada no seu andar deixasse adivinhar a visão quase inexistente. Não pude evitar que um afluxo de líquido me turvasse a vista. Desci na paragem seguinte.
9/12/2007
Hoje não é 11 de Setembro
É 12. Mesmo assim não consigo deixar de me espantar com a forma como os media funcionam e condicionam a nossa agenda, as conversas e, pelos vistos até a blogosfera. Bem sei que 5 é um nº mais redondo que 6 (será?). Pelo menos para a comunicação social, que gosta de assinalar os aniversários, sobretudo quando terminam em 0 e 5. Mas espantou-me o facto de ter passado quase em branco o 11 de Setembro quando no ano passado a semana inteira foi preenchida em todos os canais de televisão com filmes e documentários, debates e especiais. Quando a blogosfera, pelo menos os tascos amigos e vizinhos, tinha em peso um post reservado sobre o assunto, directa ou indirectamente ligado. Até a vossa Calamity, apesar da sua proverbial intermitência, não deixou de dar o seu lamiré. E este ano, nada. Ou quase nada. A memória é curta? Esperaremos agora por 2011, quando se soprarem dez velas sobre as torres desmoronadas? Será que os McCann (Mc Caine, como diria "aquele jornalista sem pescoço", citado pela minha querida Estrelinha), e já que da menina, quase toda a gente se esqueceu, conseguiram fazer desvanecer do nosso espírito as imagens que no ano passado ainda nos viciavam/atormentavam? Será que daqui a 5 anos, por alturas do início de Maio teremos "especiais" informativos sobre a Praia da Luz, com directos à igreja da dita, entrevistas aos cães pisteiros e ao boneco de peluche cor-de-rosa? Será que Gerry conseguirá ser eleito o primeiro Presidente - e Kate a primeira Primeira Dama - do velhinho reino de Inglaterra?
9/06/2007
126 dias depois
Os jornalistas da SIC (sim, eu sei que há excepções, mas são raras...) ainda não aprenderam a pronunciar o nome do pai da Madeleine. Ó meus grandes cretinos: Gerry não é Gary! Será que não andaram na escola primária? Um 'G' e um 'e' lê-se 'je', mesmo em inglês. Haja paciência!
9/05/2007
Bora lá
Bora lá fazer a puta da revolução
Dar a volta a esta merda de uma vez por todas
Eu não consigo pactuar com este estado de coisas
Tá na hora de pegarmos no assunto com as nossas mãos
in Da Weasel - 'Amor, Escárnio e Maldizer'
Tentei pôr aqui o video, mas estava a bloquear constantemente; além disso, parece que os meus inúmeros e incontáveis não apreciam lá muito a postagem de vídeos , pela reacção à posta anterior. Aproveito para explicar que a mesma consistia numa espécie de alegoria. Sempre me identifiquei brutalmente - na verdadeira acepção do termo brutalmente - com a personagem do Nova York Fora de Horas. Na vida real também é assim: quando elas se dão, são umas atrás das outras. A diferença é que no filme, a malta ri-se...
Mas ainda assim, quero continuar a acreditar que podemos pegar "no assunto com as nossas mão". Bora lá
Dar a volta a esta merda de uma vez por todas
Eu não consigo pactuar com este estado de coisas
Tá na hora de pegarmos no assunto com as nossas mãos
in Da Weasel - 'Amor, Escárnio e Maldizer'
Tentei pôr aqui o video, mas estava a bloquear constantemente; além disso, parece que os meus inúmeros e incontáveis não apreciam lá muito a postagem de vídeos , pela reacção à posta anterior. Aproveito para explicar que a mesma consistia numa espécie de alegoria. Sempre me identifiquei brutalmente - na verdadeira acepção do termo brutalmente - com a personagem do Nova York Fora de Horas. Na vida real também é assim: quando elas se dão, são umas atrás das outras. A diferença é que no filme, a malta ri-se...
Mas ainda assim, quero continuar a acreditar que podemos pegar "no assunto com as nossas mão". Bora lá
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