3/31/2009

Talvez uns alhos?

Sinto-me esgotada. Por um lado, o jet-lag abateu-se sobre mim e por outro continuo a não saber preservar-me dos vampiros. Eles topam-me à légua e zuca! Vá de me sugar até ao tutano. Não sei se durma, se coma... Mas que preciso, urgentemente, de me recompor, lá isso preciso.

3/29/2009

Podeis chamar-me cabra (uma posta de aniversário)

É de tal forma alucinante a vida de todos os dias que este tasco fez anos há uma semana e só ontem me toquei. Quatro anos de blogosfera. Passaram à velocidade de uma ligação em banda larga. Refiro-me às que funcionam, claro.
Não vou fazer aqui um balanço de tudo o que significaram estes quatro anos em termos de ligações que vão muito para além de um enigmático código html. Já muito escrevi sobre isso e quem eventualmente queira recordar ou saber o que pensei - ou melhor, o que consegui apanhar desses pensamentos e depois escarrapachei aqui para poder partilhar com os inúmeros e incontáveis - pode sempre espreitar estas postas (entre outras).
Sempre ouvi dizer que na internet andava muita gente sem escrúpulos, pedófilos e violadores que coleccionavam dados da nossa vida privada até lograrem apanharem-nos numa viela escura e deserta e fazer-nos a folha, assim como aos nossos filhos, sobrinhos, pais e avós. Que da rede, como de Espanha, nem bons ventos, nem (muito menos!) bons casamentos. Dei por mim muitas vezes a pensar que ou era muito sortuda ou muito ingénua e, dados os antecedentes, achei que a segunda hipótese era de longe a mais verosímil. Mas, como o coração é casmurro, continuei a comportar-me como uma criança crédula. Expus-me aqui como raramente o tinha feito na vida real. Deambulei de link em link e descobri mundos. Pressenti serem muitos deles reais, feitos de gente de carne e osso, gente autêntica cuja essência me tocou como se lhes lesse limpidez nas pupilas que não via. Cruzei-me com algumas e confirmei a sua existência de facto, para lá dos nicks que vestiam. E verifiquei que os alteregos não lhes serviam de máscara, apenas de roupagem que, aliás, nem sempre lhes permitia escapar a um ou outro resfriado.
Claro, estaria a mentir se dissesse que isto é (apenas) um admirável mundo novo. Na blogosfera, como na vida (quantas e quantas vezes escrevi aqui que aquela constitui hoje em dia uma das mais perfeitas metáforas desta), prolifera também uma horda de gente medíocre, invejosa, mesquinha, interesseira, mentirosa, baça, desprovida de escrúpulos, de interesse e de talento. Mas, curiosamente, tenho vindo a aperceber-me que o meu desconfiómetro funciona melhor na leitura do que ao vivo e a cores. Pode parecer estranho mas é assim mesmo. Talvez por ter levado a minha infância a devorar livros mais do que a jogar à apanhada, desenvolvi esta capacidade que até há instantes nem sequer tinha verbalizado interiormente: há qualquer coisa na forma como as pessoas se exprimem por escrito que me faz apreendê-las melhor. Grasp, dir-se-ia em inglês. E a tascosfera permite ignorá-las com mais facilidade do que se nos tocassem à campaínha numa manhã de domingo querendo impingir-nos revistas chamadas sentinela ou se nos fizessem a vida negra num escritório a três dimensões.
Tudo isto (já sabeis que para ir de A a B, tenho de ir dar uma voltinha ao abecedário completo! ) para dizer que ontem recebi O Presente que coroa estes quatro anos de crescimento interior e na relação com o outro. Não posso qualificá-lo como inesperado. Estaria a mentir se dissesse que nunca me tinha passado pela cabeça recebê-lo. Mas, à semelhança de um bom thriller, o susto não foi menor, porque desconhecia por completo o momento em que tal poderia suceder. Ou se não passaria de uma fantasia. De forma que o embrulho me caiu nos braços como se um desconhecido de repente me oferecesse flores.
Há meses que frequento o tasco e que me sinto ali como em casa. De tal forma que foi crescendo em mim um sentimento de pertença. Não acredito em amores não correspondidos. Quando a afinidade é real, ela só pode ser recíproca. Há na relação humana qualquer coisa de transcendente que tem a ver com a inteligência, no sentido filosófico do verbo inteligir. O que quero dizer é que, mesmo que não me oferecessem sociedade, eu sentia-me parte da pandilha. E é muito boa esta sensação. Que culmina com um email: (...) Caso, para grande pena nossa, prefiram continuar só nas caixinhas fiquem a saber que o epíteto de Cabras já ninguém vos tira!... (sim, porque convite não foi só para mim! Atingiu em cheio a carola da peixa mais desmiolada da blogosfera!).
De modos que, inúmeros e incontáveis, vem a vossa Calamitosa anunciar-vos, da única forma que sabe, ou seja, num lençol a preceito, que, daqui para a frente, podeis chamar-me cabra. De serviço, num blog perto de si.

3/26/2009

A pita do gorro vermelho e o lobo que comeu o sans seriff que é o tipo de letra que o blogger usa por defeito e que eu por sinal até gramo à brava

E já que ninguém se pronunciou sobre um dos mais belos momentos do concerto de domingo
à noite (por acaso este até é de outro concerto mas a canção/poema é a mesma), xa-me cá ver se os inúmeros e incontáveis preferem um registo mais... hum... comékieu eidizere... enfim, o melhor é pespegar com a coisa aqui e vocês óspois classificam, ó quei? (depois venham-me pedir para ser um veículo de cultura e assim, que eu digo-vos...)

A propósito da língua portuguesa

Depois de "Cinderela para a Juventude", temos a versão " baita fixe" do Capuchinho Vermelho, para que as nossas crianças percebam a história.
Consta que tem o patrocínio do ME, porque, assim, já ninguém se preocupa com os erros.
Estão a pensar "inserir-la" no Magalhães.

"A Pita do Gorro Vermelho"

Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? E então disse-lhe:
- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque

Népia de mitra, na boa e tal, a curtir o som do iPod....

É então que, ouve, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:

- Yoh, tá td? Dd tc?

- Tásse... do gueto alí! E tu, tásse? - disse a pita

- Yah! E atão, q se faz?

- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!

- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?

- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...

- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.

- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!

E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha 'quem é e o camano' e ele 'ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...', a velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda...

Mas mêmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos...

O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo á velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tázaver?

A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.

- Basa aí cá pa dentro! - grita o dog.

- Yo, velhita, tásse?

- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...

- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí...

- Bacano, pa ver se trato esta cena.

- Pá, mica uma cena: pa ke é esses baita olhos, man?

- Pá, pa micar melhor a cena, tásaver?

- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?

- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tásaver?

- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?

- É pa chinar esse corpo todo!!! GRRRRRRRR!!!!

E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos.

O dog kinou logo alí, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha.

Ina man, a malta a gregoriar-se toda!!!

E prontes, é isso.


(prontes, recebi esta cena por email e o caraças, e não consigo mudar-lhe o tipo de letra nem à lei da bala e nem trocando as voltas todas ao blogger e ao word e ao gmail e o camandro. De modes que fica assim e o catano que eu a modes que já estou a ficar toda marada, tão aver?)

3/24/2009

Pão seco sem tomates

Não sei o que me tira mais do sério: se o tentarem comer-me por parva atirando-me areia para os olhos a ver se pega, se a falta de tomates que está por detrás deste comportamento. Uma falta de tomates que nos tempos que correm é o pão nosso de cada dia.

3/19/2009

Ecológicos, sim, mas devagar...

Hoje de manhã ouvi na rádio que as principais "eléctricas" europeias (?) (mundiais?), entre as quais a 'nossa' EDP (sim, inúmeros e incontáveis, a mesma que obteve em 2008 os maiores lucros de sempre enquanto todos falam de crise...) chegaram a acordo para que em 40 anos estejam todas a produzir energia 100% verde. Sim, inúmeros e incontáveis, podeis esfregar os olhos como eu esfreguei os ouvidos. É mesmo isso: 40 anos. Em 2050 estaremos a carburar sem causar danos ao ambiente. Refiro-me a electricidade, claro, que era disso que falava a notícia.
Em 2050. Estas resoluções são absolutamente admiráveis e confesso que não sei como farão estas empresas do mundo inteiro para conseguir, em tão breve lapso de tempo, uma tal proeza. Proponho que lhes seja imediamente atribuído o Nobel da Paz. A todas.

PS (salvo seja!): Procurei por toda a parte a mesma notícia na net e não a consegui encontrar. Estaria eu a sonhar? É que ouvi a notícia pelo menos duas vezes...

3/17/2009

Delírios de uma mente enredada

E pronto. Também me apanharam nas malhas desse fenómeno dos nossos dias chamado Twitter. Na verdade fui lá ver como era. E tenho de dizer que, francamente, continuo a não entender a utilidade da coisa. Tal como tenho resistido bravamente a tudo o que é hi five, facebook, myspace e quejandos. Há uns tempos, enredaram-me num desses berbicachos de seu nome Tagged. Em meia-dúzia de dias tinha mais emails de malta desconhecida interessada em conhecer-me via tagged do que caracóis no quintal, e posso assegurar-vos que são muitos. Muitos, muitos mais do que os inúmeros e incontáveis em quatro anos de blogosfera. E perguntam-me vocês: por que raio estariam eles interessados em conhecer-me? Por causa dos meus lindos olhos? Por ser uma mulher interessante, culta e talentosa? Pelo meu intenso sex-appeal? Pois, inúmeros e incontáveis, a verdade é que não faço a mínima, pois a referida plataforma (é assim, parece-me, que chamam a estas redes sociais que, a meu ver, existem tão somente para nos fazer perder ainda mais tempo nos nossos já ultraent[orpe]up[ec]idos* quotidianos) não continha quase nenhum detalhe sobre a minha pessoa e, em vez da minha foto, arborava a imagem de um belíssimo céu blue velvet carregadinho de estrelas. Rapidamente me arrependi de ter engrossado as fileiras do tagged e tentei desinscrever-me. E eis que, surpresa!, no way! Não conseguia descobrir como sair da rede. Que rede anti-social, pensei. Tentei escrever-lhes, pedindo-lhes encarecidamente que me deixassem sair. Que não era louca, dizia. Que apenas estava ali por engano. Que tinha gente à minha espera lá fora, que dariam pela minha falta rapidamente e certamente contactariam as autoridades. Nada. Naveguei desalvorada de link em link procurando freneticamente a porta da saída sem contudo obter desta o menor vislumbre. Tomei então a decisão, algo arriscada, porém definitiva: denunciei aqueles emails como spam. E logrei ver-me livre do tagged.
Claro, não sei se eles não andem aí, algures, à coca. Esperando, escondidos, a mínima ocasião para me apanharem em falso. E pespegarem comigo na dita-rede, quem sabe se para todo o sempre. Mas, para já, sinto-me leve, solta. Recuperei, parece-me, a minha autodeterminação.
Porquê, então, ter-me deixado entwittar? Porquê??? Confesso que não sei. Talvez pelo mistério? Quiçá pelo status... A verdade é que não consigo mover-me lá dentro. Pareço um tuga de vacanças em Paris, tentando entender onde raios fica a correspondência para Pont-Neuf. Ou Gambetta. Entrando por um canal de saída e não compreendendo por que raios vêm todos na minha direcção como se andassem atrás de mim. E por falar em atrás de mim, alguém me explica quem são estes gaijos e gaijas que deram em seguir-me? E porque o fazem? Se em quatro anos de blogosfera nunca se dignaram visitar-me ou deixar-me um singelo comentário... Se nunca me viram mais gorda nem mais charmosa... Se não imaginam que tenho péssimo acordar e que é melhor não me dirigirem a palavra antes do pequeno-almoço... Se nem em pesadelos lhes passou algumas vez pelas cabecitas o comprimento das minhas postas nem o encaracolar dos meus raciocínios... O que me quererão eles? Terei eu de lhes dar algo em troca? Haverá saída? Terei eu cometido o deslize fatal? Serão eles do tagged e virão buscar-me? Eu já disse que não sou a pessoa que procuram!! Eu tenho amigos importantes! Influentes! Eles vêm buscar-me! Deixem-me ir!!! Deixem-me!!!.................................. Socoooooorroooo!!!!!!!....................................................................................


*esta é para ti, Monikyta

3/16/2009

Perplexidades

Devo ser uma gaija realmente antiquada mas há uma coisa (entre outras, claro) que nos dias que correm (ora aí está uma expressão que faz todo o sentido, eu sei que já tinha dito mas cada vez que a uso me faz mais sentido...) me faz uma tremenda confusão: porque será que, numa era em que nunca foi tao fácil nem tão rápido entrar em contacto com alguém, cada vez menos as pessoas cumprem os seus compromissos? Dizem que aparecem e nada, não retornam chamadas, dizem amanhã e passados quinze dias continuam sem dizer água vai e toda a gente parece achar normal. Mas, lá está, o problema deve ser meu...

3/09/2009

Nada ou neominicalamitices

A gaijinha anda em plena idade dos porquês. Algumas das perguntas não são de fácil resposta. Há dias, queria qualquer coisa e eu tentava fazer com ela a clássica chantagem maternal (já não me lembro qual o objecto da dita, nem a contrapartida)

CJ: Mini Calamity, se não fazes isto, não te dou nada.
MiniCJ: Nada?? O que é isso, nada???

3/06/2009

O perito dois em um

Um tipo a sair de marcha-atrás deu-me uma panada no carro. Como estava estacionado em espinha e eu seguia em frente, apanhou-me o canto e a lateral esquerda. Entre outras coisas, o farol ficou todo metido para dentro e nem sei como continua a acender. Ontem, dez dias, cinco telefonemas, sete faxes e dois emails depois do "sinistro", fui finalmente à oficina para deixar o carro a fim de ser peritado. Tinha-me sido dito que teria um veículo de substituição à minha espera no local de modo que fui tomada de surpresa quando o senhor da Renault me começou a fazer perguntas. Então não é que, segundo referiu, a seguradora pediu-lhe que tirasse as fotos e enviasse o orçamento. E nem uma cópia da declaração amigável lhe mandaram. Despachou-me em pouco mais de dez minutos. Ainda mais extraordinário do que fazer peritagens sem peritos - o que no país das omeletes sem ovos, parece quase normal - foi quanto a mim, esta saída brilhante, apontando para o estrago principal* decorrente do "sinistro":"Este farol é que lhe digo já que não sei se eles vão pagar. Eu posso tentar, mas..."

*(existia anteriormente uma pequena batida na frente do lado oposto)

3/03/2009

3/01/2009

Toda a verdade (ler em tom SIC Notícias, pf)

Algumas curiosidades, assim em jeito de estatísticas muito pouco científicas.

1 -Ninguém fez jackpot.
2 - Quem acertou em duas, acertou sempre nas mesmas.
3 - Na outra, ninguém acertou mesmo.
4 - Só o Shark pensou que a resposta nº 5 pudesse ser uma das mentiras, classificando-a gentilmente como "ficção". Terá sido por todas as outras pessoas a tentar acertar serem do sexo feminino?
5 - Porque será que absolutamente ninguém pôs em causa a afirmação nº2?

E agora... Vamos lá ao que (diz que) interessa.

1 - Ainda acredito no príncipe encantado. Ah pois é! Quem disse que eu era uma rapariga inteligente? Parece que foi a Zá. Esqueceste-te que existem vários tipos de inteligência. A emocional nunca foi o meu forte...
(Mas também se não acreditar, que raio de sentido terá a existência?)

2 - Há 10 anos que ando a tentar deixar de fumar. Hahahahahahahahahahahah! Estou há dias a rir-me à pála desta. Pelo menos tu, Loira, podias ter acertado! Nunca, mas nunquinha, mesmo, fiz a mais tímida tentativa. Um a dois cigarros por dia é a minha média e não sinto a mínima necessidade de os largar. Sabem-me sempre tão bem!

3 - A minha mãe nasceu em Alcácer Quibir, o meu pai em Lisboa e eu no fim de uma tarde de nevoeiro em Paris. Bom, aqui admito que dei umas cores ao filme. Ou seja, não faço a mais pequena ideia se estava nevoeiro ou não, mas achei que combinava. Não vos parece? De resto é a mais pura verdade.

4 - Quando tinha dez anos de idade atravessei um lamaçal com altura pelo joelho à meia-noite porque o Chico Buarque em pessoa se encontrava do outro lado. Ahah! Nem tu, Teresa?! Estava certa que suspeitarias de que é inteiramente verdade.
Foi assim: em 1980 eu tinha 10 anos. O Chico Buarque foi cantar à Festa do Avante, ainda no tempo em que a Festa era no Alto da Ajuda. Nesse dia tinha chovido a potes e rebentou para lá um cano. O acesso ao Palco 25 de Abril transformou-se num imenso lamaçal que eu atravessei, juntamente com o meu pai - homem que me proporcionou muitas das grandes alegrias musicais com que enriqueci o currículo - e mais uma malta que estava connosco. E assim foi a primeira vez que vi o Chico ao vivo. No dia em que ele apresentou Simone à malta.

5 - Já adulta cheguei a passar um ano inteiro sem dar uma queca. Pois é, Shark. A vida nem sempre é fácil. Mas sobrevivi...

6 - Até hoje não casei mas já me separei mais de vinte vezes do mesmo homem de quem tive dois filhos. Loira, quando digo mais de vinte vezes, estou a fazer a conta por baixo. Muito por baixo... Afinal foram mais de 12 anos entremeados.

7 - Fui convidada para a mesma festa onde se encontravam a Claudia Raia, a Patrícia Pillar, o Tarcísio Meira e o Ary Fontoura. E falei com todos eles. Bom, se ninguém desconfiou também não conto a história. Pronto.

8 - Nunca fiz nudismo. Pelos vistos esta custa a engolir a muitos dos inúmeros. E com razão. Haverá lá coisa melhor que mergulhar ao fim do dia sem nada entre mim e "tanto mar"?

9 - Li os três tomos de 'O* Capital' de Karl Marx. Pois. Eles lá estavam, na estante da sala e ainda lá continuam. Vi-os lá tempo suficiente para saber que era "O" Capital, AEnima. Contudo tens razão: nunca os li. Mas sei a história...