9/13/2010

É muito simples,

Calamity. É só pegares naquilo que dizes aos outros e aplicares a ti própria.

8/28/2010

eh pá, desculpem lá qualquer coisinha e tal...




... mas por que raios é que a malta tem de gramar com grandes planos dos vossos pés por tudo e por nada??? é algum tipo de fixação? vai durar muito tempo? foda-se, pé!

8/18/2010

Escrever-me

Toda a tarde escrevi. Escrevi e chorei. Preciso tanto!
De me escrever. De me contar. De me encontrar. Saber quem sou, onde estou. Lavar-me em lágrimas. Lavar a minha alma, a minha vida do que sou, do que fui. Para poder continuar. Para poder voltar a mim. Tornar-me em mim. Ser. Ser quem sou, quem serei, quem tenho de ser.
Toda a tarde escrevi. Escrevi e chorei. Preciso. Tanto!

Para que conste

Estou aqui.

8/04/2010

Enquanto preparava um salteado de legumes e cogumelos frescos para combinar com um fusilli al dente

É incrível como a cozinha tem a capacidade de nos transportar para outros mundos. Não sei se isto é de mim mas enquanto peguei nas cebolas, nos alhos e numa folha de louro, abri a porta do frigorífico e inspeccionei o que para lá havia, decidi num ápice a mistela que podia confeccionar, organizei a superfície do balcão de forma a ter espaço para dar livre curso ao fervor criativo-culinário do momento, coloquei os ingredientes em ordem estratégica assim como os instrumentos que lhe iriam dar forma e sentido, viajei para dimensões que não saberia definir por palavras do léxico mais usual. Como se os cheiros, as cores, o som do azeite a encalorar na frigideira despertassem sentidos para lá dos sentidos, recordações que não sabemos ter, sonhos perdidos desde a infância, desde antes do nascimento, coisas da memória ancestral. Como, quando em terras onde cresceu minha mãe percebi subitamente o sentido da existência, assim, de chofre, nas minhas mãos, no meu peito, nos meus braços, a ocupar o espaço todo, a encher-me de tudo o que sempre esteve ali sem se revelar, enorme, incomensuravelmente gigantesco. Grande de mais para que eu o pudesse suportar e no entanto tão simples. Tão perto, ao pé, à mão de semear, de colher. Uma planta de cheiro. Os cheiros, os sabores. O poder destes sentidos, o olfacto, o paladar, tidos como secundários face aos todo-poderosos reis - a vista, o ouvido, o toque - é tão subvalorizado, ignorado, desprezado. Mas são eles que nos transportam. Que nos conduzem onde não julgaríamos saber ir. Que nos transformam. O som, claro, o som. Mas o cheiro…

5/12/2010

Vou

dar cabo desta merda toda. Oh se vou. Ou eu não me chame Calamity Jane. Ou lá como é que eu me chamo.

5/11/2010

Medo...

CJ- Quatro dias! Quatro dias vai estar este tipo aqui...
Mini CJ - Aqui em casa?
CJ - Porra!..
CJunior - Valha-me Deus!

5/05/2010

Limpeza de primavera

Deitar fora o que não presta
Deitar fora o que está estragado
Deitar fora o que me faz mal
Deitar fora o que não me serve
Deitar fora o que ocupa espaço
Deitar fora todo o lixo e limpar, limpar, limpar!

4/20/2010

Hamlet sec. XXI

Contrariar a minha natureza. Dar por mim a pensar todos os meus gestos. A medir todas as minhas palavras. A calcular o impacto de toda e qualquer acção. Hesitar antes de tomar uma atitude. Pesar os prós e os contras e mesmo assim acabar por fazer exactamente o contrário. Arrepender-me do que fiz e do que deixei de fazer. Não ser eu. Não dizer o que penso. Pensar longamente antes de falar e acabar por meter os pés pelas mãos. Não dizer o que sinto. Dizer o que sinto mas da forma errada. Achar a cada passo que devia estar a ir para o outro lado. Voltar atrás e parar. Pensar: o melhor é estar quieta. Pensar: o que tem de ser tem muita força. Pensar: se não lutares pelo que queres ninguém to vai dar de bandeja. Pensar: se eu fizer isto então aquilo. Pensar: se eu não fizer aquilo então isto. Achar-me absurda. Achar-me. Perder-me. Perder-me de mim. Querer voltar a mim. Querer mudar. Querer ser outra. Querer-me de volta. A mim. Querer voltar a mim. Querer voltar a ser eu.

4/19/2010

Não digo que tivesse de ser linear


mas será que a minha vida não podia ser só um bocadinho mais normal???



imagem daqui

4/12/2010

O pó e as cinzas

Fomos fogo e chamas, brasa e dor, dor, dor sem fim.
Fomos luz e sombra, sol e noite, noite, noite sem fim.
Foste tudo e partiste, tinhas pressa de chegar sem saber para onde ias
Foste ouro e prata mas em pó te fizeste para em cinzas te sumires
Porque eras fogo e a ti próprio queimavas
Porque ardias em ti e a ti mesmo consumias
Mais forte que o amor, mais forte que a infância, mais forte que a inocência que a idade clamava
Foi o pó que em cinzas te levou mas até hoje te quedas nas brumas

(será que quiseste que, 15 anos depois voltasse a sentir toda a dor da perda? não sabes que a dor nunca morre? apenas flutua e muda de cara de quando em vez...)

1/21/2010

"Eu, que me comovo por tudo e por nada"

Há pessoas que parecem ter perdido - tê-la-ão tido alguma vez? - a capacidade de se emocionarem com as pequenas coisas. Que nada parece arrancar da sua complacência, da sua placidez. Da sua postura blasée. Indiferentes a tudo o que de trivial as rodeia. Não as entendo. E sobretudo, assustam-me.
Pois que seria de mim se não fosse o espanto e o assombro do quase nada? Como poderia eu viver sem essa maravilhosa ainda que traiçoeira dádiva de me comover perante as banalidades da existência? De vibrar com a visão de uma simples nuvem? De sorrir à conta de uma lágrima furtiva. De chorar pela sugestão apenas de um sorriso?
Arrepiar-me com uma lamechice qualquer. Encher-me de ternura e gratidão pelas cores do ocaso, destilar todos os humores do meu corpo pela intensidade de uma entrega. Amar sempre como se colhe uma flor. Sofrer com devoção. Dançar sob a chuva e ansiar na pele pela mordedura ácida do sol...
A Arte e a Natureza são o que nos aproxima do divino. São a certeza implacável de um desígnio grandioso e primordial. São elas a essência e a verdade. O único, secular e derradeiro sentido da vida.

1/18/2010

Promessas

Escrever todos os dias. Prometi a mim própria voltar a escrever todos os dias. Nem que seja só dez minutos, dez linhas, dez palavras. Nem que seja para não dizer nada. Nem que seja para reescrever depois. E desligar o facebook. Ou pelo menos não olhar para ele. Não bloquear a ver passar o comboio virtual. Pôr as minhas coisas em andamento. Pôr a minha vida nos carris.
O registo ficará aqui ou será manual, que a escrita à mão é insubstituível. Deveria obrigar-me a cumprir ambas, mas há que ser minimamente razoável e não exigir demasiado de mim própria de uma vez, sob pena de depois ficar zangada por não cumprir. Vamos por partes, não é?
Assuntos a tratar proximamente: viagem a Marrocos e biscate das aulas de conversação em língua francesa a psi. Duas facetas de uma mesma descoberta: Eu. A vida é infinitamente curiosa e cheia de surpresas. Pena o tempo ser tão escasso. Nem que viva mil anos...

11/27/2009

Este país não é para... quase ninguém!

"Trabalhei a recibo verde durante dois anos, claro que não conseguia pagar a segurança social, ganhava 450 euros. Horario: 8 horas por dia e ao fim de semana trabalhava 13 horas por dia, para que a minha colega tivesse 1 dia de folga (assim como ela fazia tambem). Trabalhavamos numa loja num Centro Comercial. Entretanto fiquei gravida, tive a minha filha e não recebi nada( evidente que não trabalhava). Quando tentei regressar ao trabalho procurei uma cresche pra bebé. Espanto meu: Na Santa Casa da MIsericórdia (????) pediram para eu levar o papel do IRS para calcularem a mensalidade. Quando lá cheguei com o IRS a senhora informou-me que como trabalhava por conta propria teria de pagar o valor máximo ... 325,00 euros. Como ganhava 450 ... ficaria com 125 euros .... ao mesmo tempo acumulava uma divida de 150,00 por mês á Segurança Social. Claro que fiquei em casa, é velhinha mas é minha, faço umas limpezas aqui e acolá.... e vou-me remediando graças a meus familiares. Futuro ??? Peço ao menos saúde."

comentário de uma das signatárias da petição Antes da Dívida Temos Direitos

11/20/2009

Recibos Verdes: Antes da Dívida Temos Direitos, 1ª parte

Há mais de 10 anos que me bato por isto. Finalmente, o povo começa a acordar. Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas

11/05/2009

Não há volta a dar

Às vezes há quem consiga dizer exactamente o que sentimos e muito mais. Não li na altura mas depois do que vivi ontem no concerto Megafone 5 voltou tudo ao de cima. Não há volta a dar.

11/01/2009

Chove no Eter

Calou-se a voz inconfundível do lobo. Aquele que nos ensinou também um pouco do que era grande música. É a terceira vez este ano que morre um pedaço da minha inocência...