9/14/2010
9/13/2010
É muito simples,
Calamity. É só pegares naquilo que dizes aos outros e aplicares a ti própria.
8/28/2010
eh pá, desculpem lá qualquer coisinha e tal...

... mas por que raios é que a malta tem de gramar com grandes planos dos vossos pés por tudo e por nada??? é algum tipo de fixação? vai durar muito tempo? foda-se, pé!
8/18/2010
Escrever-me
Toda a tarde escrevi. Escrevi e chorei. Preciso tanto!
De me escrever. De me contar. De me encontrar. Saber quem sou, onde estou. Lavar-me em lágrimas. Lavar a minha alma, a minha vida do que sou, do que fui. Para poder continuar. Para poder voltar a mim. Tornar-me em mim. Ser. Ser quem sou, quem serei, quem tenho de ser.
Toda a tarde escrevi. Escrevi e chorei. Preciso. Tanto!
De me escrever. De me contar. De me encontrar. Saber quem sou, onde estou. Lavar-me em lágrimas. Lavar a minha alma, a minha vida do que sou, do que fui. Para poder continuar. Para poder voltar a mim. Tornar-me em mim. Ser. Ser quem sou, quem serei, quem tenho de ser.
Toda a tarde escrevi. Escrevi e chorei. Preciso. Tanto!
8/04/2010
Enquanto preparava um salteado de legumes e cogumelos frescos para combinar com um fusilli al dente
É incrível como a cozinha tem a capacidade de nos transportar para outros mundos. Não sei se isto é de mim mas enquanto peguei nas cebolas, nos alhos e numa folha de louro, abri a porta do frigorífico e inspeccionei o que para lá havia, decidi num ápice a mistela que podia confeccionar, organizei a superfície do balcão de forma a ter espaço para dar livre curso ao fervor criativo-culinário do momento, coloquei os ingredientes em ordem estratégica assim como os instrumentos que lhe iriam dar forma e sentido, viajei para dimensões que não saberia definir por palavras do léxico mais usual. Como se os cheiros, as cores, o som do azeite a encalorar na frigideira despertassem sentidos para lá dos sentidos, recordações que não sabemos ter, sonhos perdidos desde a infância, desde antes do nascimento, coisas da memória ancestral. Como, quando em terras onde cresceu minha mãe percebi subitamente o sentido da existência, assim, de chofre, nas minhas mãos, no meu peito, nos meus braços, a ocupar o espaço todo, a encher-me de tudo o que sempre esteve ali sem se revelar, enorme, incomensuravelmente gigantesco. Grande de mais para que eu o pudesse suportar e no entanto tão simples. Tão perto, ao pé, à mão de semear, de colher. Uma planta de cheiro. Os cheiros, os sabores. O poder destes sentidos, o olfacto, o paladar, tidos como secundários face aos todo-poderosos reis - a vista, o ouvido, o toque - é tão subvalorizado, ignorado, desprezado. Mas são eles que nos transportam. Que nos conduzem onde não julgaríamos saber ir. Que nos transformam. O som, claro, o som. Mas o cheiro…
5/12/2010
Vou
dar cabo desta merda toda. Oh se vou. Ou eu não me chame Calamity Jane. Ou lá como é que eu me chamo.
5/11/2010
Medo...
CJ- Quatro dias! Quatro dias vai estar este tipo aqui...
Mini CJ - Aqui em casa?
CJ - Porra!..
CJunior - Valha-me Deus!
Mini CJ - Aqui em casa?
CJ - Porra!..
CJunior - Valha-me Deus!
5/05/2010
Limpeza de primavera
Deitar fora o que não presta
Deitar fora o que está estragado
Deitar fora o que me faz mal
Deitar fora o que não me serve
Deitar fora o que ocupa espaço
Deitar fora todo o lixo e limpar, limpar, limpar!
Deitar fora o que está estragado
Deitar fora o que me faz mal
Deitar fora o que não me serve
Deitar fora o que ocupa espaço
Deitar fora todo o lixo e limpar, limpar, limpar!
4/20/2010
Hamlet sec. XXI
Contrariar a minha natureza. Dar por mim a pensar todos os meus gestos. A medir todas as minhas palavras. A calcular o impacto de toda e qualquer acção. Hesitar antes de tomar uma atitude. Pesar os prós e os contras e mesmo assim acabar por fazer exactamente o contrário. Arrepender-me do que fiz e do que deixei de fazer. Não ser eu. Não dizer o que penso. Pensar longamente antes de falar e acabar por meter os pés pelas mãos. Não dizer o que sinto. Dizer o que sinto mas da forma errada. Achar a cada passo que devia estar a ir para o outro lado. Voltar atrás e parar. Pensar: o melhor é estar quieta. Pensar: o que tem de ser tem muita força. Pensar: se não lutares pelo que queres ninguém to vai dar de bandeja. Pensar: se eu fizer isto então aquilo. Pensar: se eu não fizer aquilo então isto. Achar-me absurda. Achar-me. Perder-me. Perder-me de mim. Querer voltar a mim. Querer mudar. Querer ser outra. Querer-me de volta. A mim. Querer voltar a mim. Querer voltar a ser eu.
4/19/2010
4/12/2010
O pó e as cinzas
Fomos fogo e chamas, brasa e dor, dor, dor sem fim.
Fomos luz e sombra, sol e noite, noite, noite sem fim.
Foste tudo e partiste, tinhas pressa de chegar sem saber para onde ias
Foste ouro e prata mas em pó te fizeste para em cinzas te sumires
Porque eras fogo e a ti próprio queimavas
Porque ardias em ti e a ti mesmo consumias
Mais forte que o amor, mais forte que a infância, mais forte que a inocência que a idade clamava
Foi o pó que em cinzas te levou mas até hoje te quedas nas brumas
(será que quiseste que, 15 anos depois voltasse a sentir toda a dor da perda? não sabes que a dor nunca morre? apenas flutua e muda de cara de quando em vez...)
Fomos luz e sombra, sol e noite, noite, noite sem fim.
Foste tudo e partiste, tinhas pressa de chegar sem saber para onde ias
Foste ouro e prata mas em pó te fizeste para em cinzas te sumires
Porque eras fogo e a ti próprio queimavas
Porque ardias em ti e a ti mesmo consumias
Mais forte que o amor, mais forte que a infância, mais forte que a inocência que a idade clamava
Foi o pó que em cinzas te levou mas até hoje te quedas nas brumas
(será que quiseste que, 15 anos depois voltasse a sentir toda a dor da perda? não sabes que a dor nunca morre? apenas flutua e muda de cara de quando em vez...)
4/07/2010
Não sei porquê
Hoje acordei com esta...
3/01/2010
- "Então e o que pensa fazer mais tarde?" perguntou o prof.
- "Quero ser jornalista por correspondência" respondeu a aluna
1/21/2010
"Eu, que me comovo por tudo e por nada"
Há pessoas que parecem ter perdido - tê-la-ão tido alguma vez? - a capacidade de se emocionarem com as pequenas coisas. Que nada parece arrancar da sua complacência, da sua placidez. Da sua postura blasée. Indiferentes a tudo o que de trivial as rodeia. Não as entendo. E sobretudo, assustam-me.
Pois que seria de mim se não fosse o espanto e o assombro do quase nada? Como poderia eu viver sem essa maravilhosa ainda que traiçoeira dádiva de me comover perante as banalidades da existência? De vibrar com a visão de uma simples nuvem? De sorrir à conta de uma lágrima furtiva. De chorar pela sugestão apenas de um sorriso?
Arrepiar-me com uma lamechice qualquer. Encher-me de ternura e gratidão pelas cores do ocaso, destilar todos os humores do meu corpo pela intensidade de uma entrega. Amar sempre como se colhe uma flor. Sofrer com devoção. Dançar sob a chuva e ansiar na pele pela mordedura ácida do sol...
A Arte e a Natureza são o que nos aproxima do divino. São a certeza implacável de um desígnio grandioso e primordial. São elas a essência e a verdade. O único, secular e derradeiro sentido da vida.
Pois que seria de mim se não fosse o espanto e o assombro do quase nada? Como poderia eu viver sem essa maravilhosa ainda que traiçoeira dádiva de me comover perante as banalidades da existência? De vibrar com a visão de uma simples nuvem? De sorrir à conta de uma lágrima furtiva. De chorar pela sugestão apenas de um sorriso?
Arrepiar-me com uma lamechice qualquer. Encher-me de ternura e gratidão pelas cores do ocaso, destilar todos os humores do meu corpo pela intensidade de uma entrega. Amar sempre como se colhe uma flor. Sofrer com devoção. Dançar sob a chuva e ansiar na pele pela mordedura ácida do sol...
A Arte e a Natureza são o que nos aproxima do divino. São a certeza implacável de um desígnio grandioso e primordial. São elas a essência e a verdade. O único, secular e derradeiro sentido da vida.
1/18/2010
Promessas
Escrever todos os dias. Prometi a mim própria voltar a escrever todos os dias. Nem que seja só dez minutos, dez linhas, dez palavras. Nem que seja para não dizer nada. Nem que seja para reescrever depois. E desligar o facebook. Ou pelo menos não olhar para ele. Não bloquear a ver passar o comboio virtual. Pôr as minhas coisas em andamento. Pôr a minha vida nos carris.
O registo ficará aqui ou será manual, que a escrita à mão é insubstituível. Deveria obrigar-me a cumprir ambas, mas há que ser minimamente razoável e não exigir demasiado de mim própria de uma vez, sob pena de depois ficar zangada por não cumprir. Vamos por partes, não é?
Assuntos a tratar proximamente: viagem a Marrocos e biscate das aulas de conversação em língua francesa a psi. Duas facetas de uma mesma descoberta: Eu. A vida é infinitamente curiosa e cheia de surpresas. Pena o tempo ser tão escasso. Nem que viva mil anos...
O registo ficará aqui ou será manual, que a escrita à mão é insubstituível. Deveria obrigar-me a cumprir ambas, mas há que ser minimamente razoável e não exigir demasiado de mim própria de uma vez, sob pena de depois ficar zangada por não cumprir. Vamos por partes, não é?
Assuntos a tratar proximamente: viagem a Marrocos e biscate das aulas de conversação em língua francesa a psi. Duas facetas de uma mesma descoberta: Eu. A vida é infinitamente curiosa e cheia de surpresas. Pena o tempo ser tão escasso. Nem que viva mil anos...
11/27/2009
Este país não é para... quase ninguém!
"Trabalhei a recibo verde durante dois anos, claro que não conseguia pagar a segurança social, ganhava 450 euros. Horario: 8 horas por dia e ao fim de semana trabalhava 13 horas por dia, para que a minha colega tivesse 1 dia de folga (assim como ela fazia tambem). Trabalhavamos numa loja num Centro Comercial. Entretanto fiquei gravida, tive a minha filha e não recebi nada( evidente que não trabalhava). Quando tentei regressar ao trabalho procurei uma cresche pra bebé. Espanto meu: Na Santa Casa da MIsericórdia (????) pediram para eu levar o papel do IRS para calcularem a mensalidade. Quando lá cheguei com o IRS a senhora informou-me que como trabalhava por conta propria teria de pagar o valor máximo ... 325,00 euros. Como ganhava 450 ... ficaria com 125 euros .... ao mesmo tempo acumulava uma divida de 150,00 por mês á Segurança Social. Claro que fiquei em casa, é velhinha mas é minha, faço umas limpezas aqui e acolá.... e vou-me remediando graças a meus familiares. Futuro ??? Peço ao menos saúde."
comentário de uma das signatárias da petição Antes da Dívida Temos Direitos
comentário de uma das signatárias da petição Antes da Dívida Temos Direitos
11/20/2009
Recibos Verdes: Antes da Dívida Temos Direitos, 1ª parte
Há mais de 10 anos que me bato por isto. Finalmente, o povo começa a acordar. Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas
11/05/2009
Não há volta a dar
Às vezes há quem consiga dizer exactamente o que sentimos e muito mais. Não li na altura mas depois do que vivi ontem no concerto Megafone 5 voltou tudo ao de cima. Não há volta a dar.
11/01/2009
Chove no Eter
Calou-se a voz inconfundível do lobo. Aquele que nos ensinou também um pouco do que era grande música. É a terceira vez este ano que morre um pedaço da minha inocência...
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